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Valor médio dos imóveis residenciais teve queda em Campo Grande

Segundo presidente do Creci, momento é de compra pois os valores devem subir em breve

Valor médio do metro quadrado subiu quase R$ 300 em 12 meses - Foto: Reprodução/Incorpore
Valor médio do metro quadrado subiu quase R$ 300 em 12 meses - Foto: Reprodução/Incorpore

O índice FipeZap, que analisa o valor médio do metro quadrado dos imóveis à venda, apontou Campo Grande como uma das únicas 4 capitais pesquisadas com queda no valor. O metro quadrado, que custava em média, R$ 5.908 no mês de maio, terminou junho avaliado em R$ 5.845. Além da cidade Morena, Porto Alegre, Manaus e Recife também tiveram retração.

Segundo o economista, Aldo Barrigosse, para entender melhor o cenário, é preciso avaliar um espaço de tempo maior. Se compararmos o mês de junho desse ano com o mesmo mês do ano passado, o valor médio subiu consideravelmente. Uma alta de quase R$ 300 nos últimos 12 meses. “Nosso imóvel veio se valorizando e chegou num estágio que não tem mais uma margem para vender esse imóvel mais caro do que ele está sendo vendido […] nossa economia não está girando tão rápido quanto a gente imagina, isso acaba acomodando os preços no mercado”.

O Presidente do Conselho Regional dos Corretores Imobiliários de Mato Grosso do Sul (Creci/MS), Eli Rodrigues, justifica a queda no valor médio. “Às vezes, quando você faz o anúncio, ele está um pouco com um preço um pouco acima do normal. Aí, a pessoa faz um teste, demora um mês, dois meses, não vende e abaixa um pouco. É normal isso. Agora, quanto à venda de imóveis em Campo Grande, nós estamos passando por um momento normal. O que está tendo mais dificuldade são os imóveis financiados, porque a gente tem ainda uma taxa de juros que é um pouco acima do que a gente gostaria de pagar”.

Quem está tendo dificuldades com essa questão é o motorista Maxwell Cabral. Segundo ele, não faltam opções de casas no mercado, mas o financiamento é um grande entrave.

Existem casas aparentemente boas, que a gente considera barata. Tem sim bastante opções de casa para vários padrões de vida no caso. Só que, o que é complicado são as entradas. Você conseguir colocar no orçamento o valor das parcelas. Você tem uma entrada de 40% e uma parcela bem elevada também. Mesmo com todos os subsídios, com tudo que precisa, mesmo assim fica alta [parcela]”.

A região do Prosa, que abrange bairros como Carandá Bosque, Mata do Jacinto e Chácara dos Poderes, tem o metro quadrado mais caro da cidade. Avaliado em R$ 8.636. 

Já o metro quadrado mais barato está na região do Anhanduizinho, que conta com bairros como Aero Rancho, Los Angeles e Pioneiros. O valor médio é de R$ 3.648.

Para quem está em busca da casa própria, a dica do presidente do Conselho de Corretores Imobiliários, Eli Rodrigues, é aproveitar o momento. “Se você tem condições, compre agora. Porque daqui mais um ano, daqui seis meses, com todos os desenvolvimentos, com todos os custos que são colocados, tanto de valorização de terreno quanto de insumo, você vai ter um preço do imóvel muito maior”.