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Famílias de baixa renda pagam 10% a mais com alta de alimentos

Nos últimos 12 meses, os produtos consumidos por famílias de classe baixa tiveram aumento de 14,26%

Nos últimos 12 meses, os produtos consumidos por famílias de classe baixa tiveram aumento de 14,26% - Reprodução TVC
Nos últimos 12 meses, os produtos consumidos por famílias de classe baixa tiveram aumento de 14,26% - Reprodução TVC

Com a inflação em alta, que é o aumento dos preços de bens e serviços, o impacto gerado na economia afeta a todos as famílias brasileiras, principalmente as que pertencem a classe de baixa renda. Desde o início da pandemia os preços de muitos produtos sobem, como gás GLP, combustível, energia, taxa de água, mas o cenário é ainda mais grave com o setor dos alimentos, que nos últimos 12 meses teve uma alta significativa para as famílias na hora de irem às compras.

Uma pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), mostra que quando o assunto são os alimentos, a inflação é quase 10% maior entre as classes de baixa renda.

Nos últimos 12 meses, os produtos que são consumidos por famílias com renda entre um a três salários mínimos, tiveram um aumento de 14,26%. Já os produtos consumidos por famílias com renda superior, tiveram um aumento bem menor, equivalente a 12,98%.

O preço das carnes é um dos principais vilões do aumento, mas os grãos, verduras e vegetais também tiveram uma alta representativa. Alguns itens subiram mais de 50%, de acordo com o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) do estado de Mato Grosso do Sul.

De 8 a 10 de novembro, o Procon de Três Lagoas realizou pesquisa do preço de frutas, verduras e legumes em oito supermercados da cidade. Sessenta e nove produtos foram levantados na pesquisa. Dos vegetais pesquisados o item com o valor mais alto da lista é o maxixe, comercializado ao valor mais alto de R$ 14,95, o preço do kg. A variação do preço do milho verde é maior que R$ 5, entre os supermercados.

O aumento dos preços dos alimentos em todo país, preocupa o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) com o chamado risco da população retornar ao mapa da fome.

PROGRAMA BRASIL FRATERNO

Na tentativa de amenizar o risco, foi lançado nesta semana, pelo governo Federal, o Programa Brasil Fraterno – Comida no Prato, com objetivo de mobilizar doações de alimentos para entidades socioassistenciais, bancos de alimentos e outros equipamentos que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade.

O programa, tem o objetivo de conectar empresas interessadas em doar alimentos e instituições habilitadas a recebê-los. As empresas doadoras terão isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) para as doações.