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Ataque à Ucrânia pode afetar UFN 3, que pode virar misturadora

A mudança na operação da UFN 3 leva em consideração a dificuldade para conseguir o gás natural, principal matéria prima para a produção da ureia e amônia.

A mudança na operação da UFN 3 leva em consideração a dificuldade para conseguir o gás natural, principal matéria prima para a produção da ureia e amônia. - Arquivo/JPNews
A mudança na operação da UFN 3 leva em consideração a dificuldade para conseguir o gás natural, principal matéria prima para a produção da ureia e amônia. - Arquivo/JPNews

Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN 3), em Três Lagoas, projetada para produzir 1,2 milhão de toneladas de ureia e 761.000 toneladas de amônia por ano, pode iniciar a operação apenas como uma misturadora de fertilizantes, cujo subprodutos seriam importados da Rússia. A UFN 3 trabalharia na mistura das fórmulas para entregar os fertilizantes ao mercado.

A mudança na operação da UFN 3 leva em consideração a dificuldade para conseguir o gás natural, principal matéria prima para a produção da ureia e amônia. A UFN 3 foi projetada para processar 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural para fazer a separação na transformação da ureia e amônia.

O projeto inicial da Petrobras previa que a UFN 3 iria atrair, pelo menos, 15 empresas misturadoras. No entanto, diante da mudança do projeto da UFN 3 pelo grupo russo que finaliza a compra da fábrica, a própria unidade vai trabalhar na mistura das fórmulas, o que impossibilitará a instalação de novas empresas do segmento na cidade. Futuramente, o grupo russo planeja produzir amônia e ureia.

A Petrobras já confirmou a venda da fábrica para o grupo russo, porém ainda não publicou o fato relevante do empreendimento. Somente a partir deste comunicado é que todos os detalhes envolvendo a UFN 3 serão divulgados. 

Durante reunião em Campo Grande na semana retrasada, os russos informaram que a previsão era de que as obras fossem retomadas em julho deste ano. No entanto, após ataques da Rússia à Ucrânia, fica a expectativa se a venda da fábrica e, consequentemente, a retomada das obras vai ou não ser concretizada no prazo previsto pelo grupo russo Acron, diante do embargo econômico. 

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, disse que esses ataques à Ucrânia preocupam, mas que o governo do Estado ainda não recebeu nenhuma informação. Nesta semana, segundo ele, a equipe técnica, trabalhou normalmente no processo de venda. (A.C.S.)