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Bancos de investimento têm queda de receita de até 60%

Não há dados oficiais, mas estima-se que as receitas, que variaram entre USS 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão em 2008, caiam de 40% a 60%

O colapso das ofertas de ações, o encolhimento das emissões de dívidas e a redução das fusões e aquisições vão derrubar as receitas dos bancos de investimento no Brasil em 2009. Não há dados oficiais, mas estima-se que as receitas, que variaram entre USS 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão em 2008, caiam de 40% a 60%.

A queda se sobrepõe à forte redução ocorrida já no ano passado e o novo patamar de receitas não permite que todos os bancos tenham uma operação rentável. Inevitavelmente, haverá um redesenho do setor, que ficou pequeno para acomodar todas as instituições. Além das demissões em curso, espera-se que alguns estrangeiros deixem o mercado local. Na sexta-feira, houve cem demissões no Itaú BBA. Por conta das dificuldades na matriz, o holandês ING também cortou 25 dos seus 105 funcionários – e o enxugamento continua, inclusive com o desligamento do seu presidente.

Em 2007, ano de ouro para o setor, só as receitas com emissões de ações ficou em R$ 2,4 bilhões. Em 2008, a cifra caiu para RS 700 milhões, ainda um patamar respeitável. As operações de renda variável vinham respondendo por 60% a 70% do faturamento dos bancos de investimentos, mas, em 2009 devem ser insignificantes.