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BB pretende socorrer revendedoras de veículos

A decisão aconteceu no início da semana, na sede do banco em Brasília

A agência local do Banco do Brasil (BB) ainda não foi comunicada, mas nos próximos dias, com o objetivo de atender as revendas de veículos semi-novos e garantir ao consumidor a diminuição da taxa de juro do financiamento de carros usados, a instituição financeira vai liberar nos próximos dias R$ 2,5 bilhões às revendedoras do país. O benefício atenderá cerca de 10 mil empresários e garantirá investimentos em aproximadamente 42 mil lojas.
A decisão aconteceu no início da semana, na sede do banco em Brasília e contou com a presença do vice-presidente de Varejo e Distribuição do Banco do Brasil, Milton Luciano dos Santos; de representantes da Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores); e do deputado federal sul-mato-grossense Dagoberto Nogueira (PDT).
Não existe capital de giro no setor e isso faz com que seja enfrentada uma retração de 50% nas vendas, conforme explica o presidente da Fenauto, Ilídio Gonçalves dos Santos. Segundo ele, agora precisa ser discutida a taxa de juros desses recursos, bem como os empréstimos a serem concedidos aos consumidores.
Uma taxa competitiva para o setor deverá ser definida, de acordo com o vice-presidente de varejo do Banco do Brasil. Ele afirma que a proposta é igualar a taxa ao percentual cobrado nos financiamentos de veículos novos.
Já o deputado Dagoberto acredita que a decisão alivia o segmento, responsável por cerca de 5% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Agora, de acordo com o pedetista, precisa ser definida a verba que deverá ser obtida do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

LINHA DE CRÉDITO

O ministro até sinalizou apoio ao setor, na semana passada, quando disse que tentaria viabilizar linhas de crédito junto ao governo federal para atender as revendedoras de carros usados, com a condição de que fossem mantidos os 600 mil postos de trabalho contabilizados atualmente.
Lupi ainda afirmou na ocasião, que é possível serem utilizados recursos do FAT e do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para atender os revendedores e garantir a manutenção de empregos. Para ele, as reivindicações são embasadas na redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) que fez com que o carro zero desvalorizasse o carro semi-novo, prejudicando o setor de usados e reduzindo as linhas de crédito.
Em Três Lagoas, empresários se mostram esperançosos de que esse benefício posse ser, realmente, liberado para que o setor não sofra prejuízos com a decisão do governo federal em reduzir o IPI dos veículos novos.
Amâncio da Costa Sobrinho, proprietário de uma garagem de veículos na avenida Antônio Trajano, próximo da rodoviária, disse que ainda não tomou conhecimento dessa opção de crédito do BB, mas “se vier será bem aceito, inclusive vai ajudar a manter os empregos e até criar novos postos de trabalho no ramo”.