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Boom da indústria de celulose pode durar mais 10 anos

A maior parte dessas produções é de eucalipto, matéria-prima para a fibra curta - usada na fabricação de papéis de impressão e sanitários

A indústria de papel e celulose, implementou métodos sustentáveis de produção e abocanha um mercado ascendente e lucrativo, que chegou a movimentar mais de R$ 50 bilhões em 2009.

Há dois anos, o Brasil subiu da 6ª para a 4ª posição no ranking dos maiores produtores de celulose e já é o 11º principal produtor de papel do globo, segundo a Associação Brasileira de Celulose e Papel. Internamente, a demanda só cresce: o consumo de papel subiu 5%, o brasileiro usa 46,2 quilos por ano.

“O Brasil vive um terceiro ciclo de expansão do setor de celulose e papel, que deve se estender pelos próximos dez anos” observa Francides Gomes, Professor de Tecnologia de Celulose e Papel da Esalq-USP.

O bom momento do setor também pode ser medido pela expansão das florestas plantadas de eucalipto e pinus do Brasil, em três anos de 2005 a 2008 cresceu 5% ao ano. Em 2009, em conseqüência da crise econômica, desacelerou para 2,5%. De acordo com o Anuário Estatístico da ABRAF (Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas), no ano passado a área chegou a 6,7 milhões de hectares.

A maior parte dessas produções é de eucalipto, matéria-prima para a fibra curta – usada na fabricação de papéis de impressão e sanitários. A outra espécie é o pinus, que gera fibras longas para embalagens.

A indústria da celulose é, hoje, quase toda certificada e obediente à legislação florestal. Por depender do bom funcionamento dos ecossistemas em que estão instaladas, a maioria das empresas preserva as matas que protegem os rios e cumprem rigorosamente a reserva legal.