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Bovespa acentua baixa e perde os 66 mil pontos

As vendas ganharam força seguindo a divulgação dos dados de confiança de fevereiro

Dados negativos sobre a economia americana seguram os índices em baixa em Wall Street e também na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Por volta das 14h30, o Ibovespa apontava baixa de 1,88%, aos 65.923 pontos, com giro de R$ 3,0 bilhões.

Na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês), o Dow Jones perdia 0,87%, enquanto o S & P 500 e o Nasdaq recuavam 1,24% e 1,59%, respectivamente.

As vendas ganharam força seguindo a divulgação dos dados de confiança de fevereiro. De acordo com o Conference Board, o índice de confiança caiu 11 pontos no mês, para 46 pontos, depois de marcar 56,5 em janeiro, melhor leitura em 16 meses. A queda mostra o consumidor mais preocupado com o seu emprego e menos otimista com a economia.

No mercado de câmbio, as compras se acentuaram conforme piorou o humor nas bolsas. Há pouco, o dólar comercial era negociado a R$ 1,829 na venda, alta de 0,99%. Vale lembrar que ontem a divisa chegou a ser negociada abaixo de R$ 1,80.

O Banco Central mostrou que o fluxo cambial estava negativo em US$ 269 milhões neste mês de fevereiro até o último dia 19. Também foi divulgado um déficit em conta corrente de US$ 3,8 bilhões na conta corrente em janeiro, resultado melhor que o déficit de US$ 5,5 bilhões estimados pelo BC.

De volta à Bovespa, o destaque de alta dentro do índice segue com os papéis da Lojas Renner. O ativo apontava valorização de 4,10%, a R$ 39,05, com o quarto maior volume do Ibovespa.

Ontem, a varejista anunciou lucro líquido recorde de R$ 100,31 milhões para o quarto trimestre de 2009, o que representa um aumento de 53,4% em relação aos R$ 65,406 milhões obtidos um ano antes.

"O ano de 2009 foi mais positivo do que se desenhava e estamos muito otimistas para 2010", disse o diretor administrativo e de relações com investidores, José Carlos Hruby, em entrevista ao Valor. As corretoras UBS, Morgan Stanley e Itaú tem recomendação de "compra" ou "acima da média" para o papel.

Entre os carros-chefe, Vale PNA se desvalorizava 1,71%, a R$ 43,63; Petrobras PN devolvia 1,32%, a R$ 34,19, e OGX Petróleo ON caía 2,54%, a R$ 16,47.

No segmento financeiro, BM & FBovespa ON perdia 3,22%, a R$ 12,32. Bradesco PN diminuía 2,02%, a R$ 31,01, e Banco do Brasil ON se desvalorizava 1,20%, a R$ 30,23.

Além da Renner, apenas outras seis ações entre as 63 listadas apresentavam valorização. ALL Logística unit subia 1,83%, a R$ 16,06, LLX ON ganhava 1,72%, a R$ 9,45. Light ON, Duratex ON, CPFL ON e Eletropaulo PNB ganhavam de 0,37% a 0,03%.

Com a maior perda entre os ativos listados, TIM Part PN devolvia 4,30%, a R$ 4,89, MMX Miner ON perdia 4,07%, a R$ 13,17, e Cosan ON devolvia 3,08%, a R$ 23,56.

Fora do índice, o papel ON da Hypermarcas recuava 4,45%, a R$ 21,88. Ontem à noite, a empresa de bens de consumo anunciou que pretende realizar nova oferta primária de ações.

As ações da Telebrás seguem com elevado volume. Depois de dois dias de forte alta, o papel PN declinava 9,16%, a R$ 2,38, com mais de R$ 100 milhões negociados.