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Bovespa permanece em campo negativo; dólar ronda R$ 1,86

Economistas do setor financeiro esperava um aumento de 4,2%.

O mercado brasileiro de ações emenda o que pode ser o seu quinto dia consecutivo de perdas. O investidor opta pela cautela, enquanto aguarda o desenlace das reuniões do Federal Reserve (banco central dos EUA) e do Copom, no Brasil, nas próximas horas. O temor de novas medidas da China para travar o crescimento também não contribui para melhorar o ambiente. A taxa de câmbio doméstica, em meio a esse nervosismo, oscila próximo a R$ 1,86, o nível mais alto desde o início de setembro.

O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, cede 1,11%, aos 64.798 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,01 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 0,21%.

O dólar comercial é vendido por R$ 1,856, em alta de 1,08%. A taxa de risco-país marca 223 pontos, número 1,82% acima da pontuação anterior.

Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA informou que as vendas de novas casas caíram 7,6% em dezembro. Economistas do setor financeiro esperava um aumento de 4,2%.

A fabricante americana de máquinas pesadas Caterpillar informou nesta quarta-feira que um teve lucro líquido de US$ 232 milhões (US$ 0,36/ação) no quarto trimestre do ano passado, ante ganhos de US$ 661 milhões no último trimestre de 2008.

A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) apontou inflação de 1,16% (acima das expectativas de 0,85%) no município de São Paulo, pela leitura do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) até o dia 23.

O Banco Central informou que as entradas de dólares superaram as saídas em US$ 10 milhões neste mês, até o dia 22. Até o dia 18, o valor era positivo em US$ 816 milhões, mas houve grande saída de recursos na quarta-feira e quinta-feira da semana passada.

O BC também já promoveu seu habitual leilão de compra de moeda, entrando no mercado à vista às 12h28 (hora de Brasília) e aceitando ofertas por R$ 1,8510 (taxa de corte).

Os investidores contam as horas para a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que anuncia após o encerramento dos mercados a nova taxa básica de juros do país, a Selic, referência para o custo dos empréstimos a consumidores e empresas.

Muitos economistas de bancos e corretoras esperam que o Comitê mantenha a chamada taxa Selic em seu nível atual –8,75% ao ano– mas já enxergam riscos de que esse juro suba a partir de abril ou junho, provavelmente encerrando 2010 acima dos 10% ao ano.

Nos EUA, o Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla em inglês) do Fed, anuncia hoje, precisamente às 17h15 (hora de Brasília), a nova taxa básica de juros americana, hoje mantida próxima de zero e que não deve sofrer alteração, conforme as expectativas dos economistas.