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Bovespa tem melhor semana do ano ao subir 4,93%

Ao final da jornada, o Ibovespa apresentava variação negativa de 0,41%, aos 65.854 pontos

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) não escapou da instabilidade externa e fechou em baixa nesta sexta-feira, mas ainda garantiu valorização de 4,93% na semana, melhor desempenho semanal do ano.

Ao final da jornada, o Ibovespa apresentava variação negativa de 0,41%, aos 65.854 pontos. O giro foi de R$ 5,46 bilhões, um nos menores do ano.

O analista da SLW Corretora Pedro Galdi reforça a visão de que o cenário para a renda variável é mesmo de volatilidade. O dia começou com o aumento de compulsório na China, que esfriou o bom humor dos agentes que receberam bem a sinalização de que a Grécia será ajudada pelos seus pares europeus.

Contribuindo para o tom negativo do dia, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,1% no quarto trimestre, contra previsão de 0,3%. O avanço de 0,6% registrado pela França compensou as variações negativas registradas pela Grécia e Espanha e estagnação da Alemanha.

O analista aponta que o mercado vai continuar convivendo com três vetores de instabilidade. China, Europa e Estados Unidos, que alteram notícias positivas e negativas.

Ainda de acordo com Galdi, outro ponto que ajudou a acentuar as vendas pela manhã são os feriados da semana que vem, que levam os agentes a adotar uma postura mais cautelosa. A Bovespa fica fechada até as 13 horas na quarta-feira, e os mercados americanos não funcionam na segunda-feira.

O especialista avalia que a retomada dos negócios na quarta-feira deve ser de ajuste e que pregão tem sua volatilidade ampliada pelo vencimento do Ibovespa futuro.

No campo corporativo, o destaque de alta de ponta a ponta do pregão ficou com as ações ON da MMX, que encerraram com alta de 4,94%, a R$ 15,50. Foi aprovada a subscrição privada de 101.781.171 ações ordinárias, equivalentes a 21,52% do capital, pela Wuhan Iron and Steel (Wisco).

A Wisco pagará o valor total de R$ 738,9 milhões. Caso o aumento de capital seja acompanhado pelos demais acionistas da MMX, poderá somar R$ 1,218 bilhão.

Limitando as perdas do dia, Petrobras PN firmou alta no período da tarde e fechou com valorização de 1,31%, a R$ 33,80, já o ativo ON ganhou 1,16%, para R$ 38,25.

O papel PNA da Vale, mais negociado do dia, chegou a oscilar em alta, mas terminou 0,60% mais barato a R$ 42,74. Também entre os mais negociados, OGX Petróleo ON caiu 1,68%, a R$ 17,53, e Usiminas PNA recuou 1,70%, a R$ 46,15.

Os investidores não gostaram do último movimento da BM & F Bovespa, e venderam os papéis da companhia, que fecharam com baixa de 2,11%, a R$ 12,04.

A bolsa anunciou que vai aumentar sua participação no CME Group, dos atuais 1,8% para 5%. O valor do negócio é de US$ 620 milhões. Vale lembrar que a CME tem 5% da bolsa brasileira.

Liderando as perdas, Lojas Renner ON caiu 3,29%, a R$ 36,41, Rossi ON devolveu 3,19%, a R$ 13,63, e Cesp PNB teve queda de 3,09%, a R$ 23,20. Fibria ON, Natura ON, Usiminas ON e Sabesp ON caíram mais de 2% cada.

Na ponta oposta, as units da América Latina Logística ganharam 2,97%, a R$ 15,60, LLX ON teve alta de 2,79%, a R$ 9,20, e TIM Part ON aumentou 1,87%, a R$ 7,59.

Fora do índice, Telebrás PN despencou 20,86%, para R$ 1,82, com elevado volume financeiro, mais de R$ 150 milhões.

Depois de disparar mais de 30%, ontem, Petróleo Manguinhos ON perdeu 12,50%, a R$ 1,12. Forte alta para Cerâmica Chiarelli PN, que saltou 37,50%, a R$ 0,55.

Também fora o índice, o papel ON da Multiplus, empresa que chegou a bolsa na sexta-feira passada, avançou 6,09%, para R$ 17,40.