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Brasil desiste do "clube dos ricos"

Brasil, China, Índia, África do Sul e Indonésia foram estimulados a aderir à organização. Nenhum deles aceitou

O Brasil aspirou por muito tempo fazer parte da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o "clube dos ricos" que reúne as maiores economias do mundo. Agora que a chance de ingresso tornou-se real, não tem interesse mais na adesão.

Brasil, China, Índia, África do Sul e Indonésia foram estimulados a aderir à organização. Nenhum deles aceitou.

Pelo menos um dos aspectos que motivavam o interesse brasileiro em ser membro da OCDE perdeu o sentido. A economia brasileira conquistou em 2008 o grau de investimento. "Esse selo valeria mais nos anos 90", diz um assessor do governo. Ninguém questiona o fato de que, ainda assim, participar da organização agregaria valor à imagem do país perante os mercados, mas o que se alega hoje, em Brasília, é que a crise financeira internacional, originada nos EUA e em outras economias avançadas, teria desmoralizado o receituário econômico dos países ricos.

Funcionários graduados da OCDE disseram ao Valor que, do lado brasileiro, a principal resistência ao ingresso do país é de natureza política e está localizada no Itamaraty.