O Brasil deve terminar o ano de 2010 com cerca de 6,2 milhões de pessoas sem emprego, segundo projeção do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgada nesta quarta-feira (10). No total, deverão ser gerados 2 milhões de novos postos de trabalho no país ao longo deste ano, o que não será suficiente para suprir a demanda por empregos. O Ipea estima uma oferta de 24,8 milhões de pessoas para mão de obra, mas haverá vagas apenas para 18,6 milhões – já considerando a criação dos novos postos.
O total de desempregados previsto para o ano corresponde a 5,5 milhões de pessoas sem qualificação ou experiência profissional. Além deles, há outros 653 mil trabalhadores com instrução. Os setores mais afetados pelo excesso de gente e falta de vaga serão a indústria, transportes, administração pública, agricultura e outros serviços coletivos e pessoais (caso das empregadas domésticas, por exemplo).
Por outro lado, quatro setores estudados pelo Ipea terão falta de mão de obra especializada. De acordo com Marcio Pochmann, presidente do Ipea, “a última vez que o Brasil sofreu com a falta de mão de obra especializada foi no milagre econômico”. O presidente informou que os setores que mais sofrerão com a escassez serão alojamento e alimentação, comércio e reparação (serviços), construção e educação e saúde.
