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?Briatore pediu demissão por se sentir responsável?

Para Nelson Piquet, dirigente não volta nem pela porta dos fundos

Depois da saída de Flavio Briatore e Pat Symonds da equipe Renault, ficou uma dúvida no ar. Os dirigentes teriam pedido demissão, foram demitidos ou houve um acordo entre as partes? No comunicado oficial distribuído pela equipe francesa não constava essa informação. Pelo menos da parte de Briatore, a resposta já existe. O ex-chefe de equipe pediu demissão.

Falando ao jornal inglês “Daily Mirror”, Briatore tentou explicar a saída. “Estava tentando salvar a equipe. É meu dever. É por essa razão que abandonei o time”, disse. Ele pode ser banido do esporte depois da reunião do Conselho Mundial de Esporte a Motor da Federação Internacional de Automobilismo, com data para a próxima segunda-feira, dia 21. Outro “homem-forte” da Renault, o chefe de operações, Patrick Pelata, afirmou em entrevista à rádio francesa “RTL”, que Briatore pediu demissão porque se sentiu “moralmente responsável” pelo caso do GP de Cingapura de 2008 e que alguém precisa pagar pelas ações da equipe. Briatore e o ex-chefe de engenharia Pat Symonds são acusados de terem mandado o brasileiro Nelsinho Piquet forjar uma batida para favorecer o espanhol Fernando Alonso. Os dois deixaram a equipe na quarta-feira (16).

Nelson Piquet voltou a criticar o ex-dirigente ontem. Segundo o tricampeão mundial de Fórmula 1, Briatore não volta para o esporte, “nem pela porta dos fundos”. A entrevista foi concedida à revista “Auto Motor und Sport”, Piquet afirmou que vai até o fim na briga judicial contra o italiano. “Em algum momento, pessoas como Flavio têm tanto poder que acham que podem andar sobre a água. Ele realmente acreditava que, apesar das provas claras, ninguém poderia prejudicá-lo. Tenho o dinheiro suficiente para pagar os melhores advogados. E contra quem ele vai querer reclamar? Contra a verdade?”, bradou Piquet.