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Três Lagoas

Café da manhã do três-lagoense vai ficar mais caro a partir de março

Reajuste ocorre após alta do dólar e reajuste do preço da farinha

A partir de março o café da manhã do três-lagoense passa a pesar mais no bolso. Com o dólar em alta, o reajuste no preço da gasolina, da energia e de produtos derivados, como é o caso da farinha de trigo importada e do ovo, os empresários do ramo de panificadoras já programam reajuste do principal item do desjejum do brasileiro, o pão francês.

A reportagem do Jornal do Povo falou com proprietários e gerentes de panificadoras, e questionou quando pretendem repassar o reajuste do produto ao consumidor e, todos foram categóricos ao afirmar que isso deva acontecer já no mês de março.

A operadora de caixa de uma panificadora do bairro Vila Nova, Leonor Martinez, afirma que, por enquanto, o patrão está utilizando matéria-prima do estoque, mas que a partir do próximo mês o quilo do pão francês, que hoje é comercializado no estabelecimento à R$ 9,80, sofrerá reajuste. Ela não soube precisar o preço futuro.

Quem ainda também produz com mercadoria de estoque é o empresário do ramo, Leandro Fernandes dos Santos. “Meu estoque dá somente para a próxima semana. Acredito que já devo reajustar o valor do pão francês assim que passar a usar mercadorias com valor novo”, avalia Leandro.

Leandro,que comercializa o quilo do pão a R$ 8 ou R$ 0,30 a unidade, disse que prefere utilizar farinha importada da Argentina – devido à qualidade ser melhor e, com o dólar em alta desde o início de fevereiro, não vê outra saída a não ser repassar o aumento para os consumidores.

Ele também destaca a alta em outras mercadorias utilizadas na fabricação do pãozinho francês. “Para ter uma ideia, a caixa com 30 dúzias de ovos custava R$ 75. Fui encomendar da última vez e me espantei com a alta de R$ 11 a mais por caixa, ou seja, já estou pagando R$ 86 cada caixa. E a previsão é subir ainda mais”, alerta o comerciante, que não deixa de citar a alta no preço da energia, combustível e outros itens que acabam, mesmo que indiretamente, deixando o custo dos produtos de panificadoras mais altos.

DÓLAR

A última alta no dólar comercial aconteceu no dia 6 de fevereiro, quando ocorreu a troca de comando da Petrobras. Naquela ocasião o dólar fechou no maior nível em mais de 10 anos, chegando a ser vendido a R$ 2,778. A alta foi de 1,34%, o equivalente a R$ 0,037. A última grande alta foi registrada em 9 de dezembro de 2004.

Juros mais altos nos países desenvolvidos diminuem o fluxo de capitais para países emergentes, como o Brasil, pressionando o dólar para cima.