Os campo-grandenses reduziram a intenção de compra nos últimos 12 meses, com a chegada a pandemia da Covid-19. Segundo a pesquisa de Consumo das Famílias da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Desde abril de 2020, a Capital está na chamada zona negativa, abaixo de 100 pontos, o que torna mais difícil a transformação da intenção em consumo efetivo. No quarto mês desde ano, a disposição para compra da população caiu para o menor patamar desde janeiro, atingindo 86,3 pontos.
“De janeiro para março houve uma reação na disposição de compras do consumidor, porém, com o recrudescimento da pandemia, percebemos que novamente esse movimento arrefeceu”, diz a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF/MS), Daniela Dias.
Segundo o levantamento, entre as pessoas que responderam a pesquisa, 10% estavam desempregados e 20,4% se consideram menos seguros na comparação com o mesmo período do ano passado. Nota-se ainda que houve uma piora da renda para 19,4% dos entrevistados e 37,6% consideram o acesso ao crédito mais difícil.
A maioria das pessoas, 53,3%, está comprando menos que ano passado e 45,1% têm perspectiva de consumo menor para 2021.
Entre os indicadores do índice, houve queda na avaliação do momento para aquisição de bens duráveis, como imóveis e eletrodomésticos, de 10,8%, também a perspectiva de consumo, 9,6%, o nível de consumo atual, de 7,6%, perspectiva profissional, 4,8%, compras a prazo e acesso ao crédito, de 3,2%.
