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Cheque especial tem maior taxa de juros desde 2008

Só para se ter uma ideia da diferença do custo do dinheiro para empréstimos, os juros médios em março ficaram em 45% para as pessoas físicas

As taxas de juros do cheque especial tiveram alta em março e atingiram o valor de 174,6% ao ano. O valor é o maior desde dezembro de 2008, quando estava em 174,9%, o que faz dela a modalidade de crédito mais cara do mercado, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Banco Central.

Em uma conta simples, seria como dizer que quem pegou um empréstimo no cheque especial de R$ 300 no ano passado, teria que devolver R$ 823,80 ao banco para pagar o crédito e os juros cobrados.

Só para se ter uma ideia da diferença do custo do dinheiro para empréstimos, os juros médios em março ficaram em 45% para as pessoas físicas, valor quase quatro vezes menor do que os juros cobrados no cheque especial.

Para a aquisição de bens, como veículos, os juros médios praticados no mercado são ainda menores, de 29,9% ao ano. Os juros do crédito pessoal ficaram em 47,3% ao ano em março.

É por este motivo que especialistas em finanças são unânimes ao aconselhar que o consumidor fuja do cheque especial e procure outras modalidades de crédito. O mais indicado é o crédito consignado, com desconto em folha, que tem os menores juros do mercado, hoje em 28,1% em média, de acordo com o BC.

A boa notícia é que a participação do crédito consignado no crédito pessoal vem crescendo e, em março, alcançou 59,9%.

De acordo com o BC, este é um sinal de que o brasileiro está mais consciente do custo do empréstimo, e por isso, recorre cada vez mais a modalidades mais baratas de crédito.