O saldo das operações crédito do sistema financeiro chegou a R$ 1,347 trilhão em setembro, um aumento de 1,5% em relação ao mês anterior, segundo o Banco Central (BC). Com esse resultado, a relação entre o crédito e o Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços produzidos no país, ficou em 45,7%, contra 45,3% em agosto.
Entre as modalidades para as pessoas físicas, o BC destaca os financiamentos para a compra de veículos e empréstimos pessoais, que tiveram aumentos de 3% e 1,6%, respectivamente, em relação a agosto. Essas modalidades correspondem a 78,5% da carteira total de pessoas físicas.
“A aceleração do crédito para a aquisição de veículos intensificou-se em setembro, em consequência da pela política de redução do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados]”, informa o BC.
A evolução do crédito pessoal é resultado de melhoras no mercado de trabalho e continua determinada pela expansão dos empréstimos consignados em folha de pagamento. Em setembro, o crédito consignado totalizou R$ 100,5 bilhões, uma elevação de de 2,1% em relação agosto.
No caso das empresas, as modalidades com recursos domésticos chegaram a R$ 323,6 bilhões, um aumento de 2,4% em setembro, na comparação com o mês anterior. Esse aumento, diz o BC, foi estimulado pela “demanda mais intensa das empresas por crédito para capital de giro”, que registrou aumento mensal de 3,8% e chegou ao valor de R$ 200 bilhões no total.
Os financiamentos com recursos externos caíram 8% em setembro, “prosseguindo em trajetória declinante que reflete, principalmente, os efeitos da apreciação cambial no período e as expressivas liquidações de contratos, sobretudo nas operações de adiantamentos sobre contratos de câmbio (ACC)”.
