O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) da Presidência da República, considera o financiamento de longo prazo primordial para o novo ciclo de desenvolvimento que se prenuncia com Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e as Olimpíadas de 2016.
O CDES, chamado de Conselhão, entende que o financiamento de longo prazo é essencial para obras de grande porte nas áreas de transportes, energia, comunicações e saneamento, conforme ressaltou o presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy.
Conselheiro do CDES e um dos componentes do grupo temático Agenda da Infraestrutura para o Desenvolvimento, que elaborou o documento, Godoy considera que a moção a ser apresentada à Presidência da República vem ao encontro das medidas anunciadas ontem (15) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para fortalecer as condições de financiamento futuro.
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Para Godoy, a desoneração anunciada para financiamentos de longo prazo cria ambiente propício para investimentos e projetos de infraestrutura, uma vez que “esse era um dos principais gargalos para o setor”. Ele ressalta, contudo, a necessidade de se empreender esforço contínuo para estabelecer condições macroeconômicas favoráveis à queda gradual dos juros.
O documento do CDES defende, como passo inicial, a preservação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como agente financiador de longo prazo. Prega também a desoneração tributária para financiamentos longos, melhora e ampliação das garantias, diversificação das aplicações dos fundos de pensão e de outros investidores, além de incentivo ao processo gradual de redução dos juros.
