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Copom afirma que juros podem cair em agosto

Comitê defende "cautela e parcimônia" durante o atual estágio do processo desinflacionário, que tende a ser mais lento, e por expectativas de inflação desancoradas

A taxa Selic em 13,75% ao ano  é a maior desde janeiro de 2017 - Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil
A taxa Selic em 13,75% ao ano é a maior desde janeiro de 2017 - Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta terça-feira (27) pelo Banco Central, informa que, na avaliação da última reunião do Comitê ocorrida nos dias 20 e 21, há uma expectativa de maior confiança para queda da taxa de juros a partir de agosto. 

O Copom manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano, sob a justificativa de que “é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”. A taxa está nesse nível desde agosto de 2022, e é a maior desde janeiro de 2017.

De acordo com o documento divulgado nesta terça-feira, “a avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião”.

A ata informa ainda que os membros do comitê foram unânimes na ponderação de que os passos futuros da política monetária dependerão de fatores relativos à evolução, expectativas e projeções da inflação.

Na avaliação manifestada pelo comitê, a conjuntura atual é caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação desancoradas, o que, segundo o comitê, torna necessário manter “cautela e parcimônia” visando o cumprimento das metas, tendo, na manutenção da taxa da Selic, ferramenta “adequada para assegurar a convergência da inflação”.

*Com informações de Agência Brasil