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Três Lagoas

Depois de 9 meses, Curtume de Três Lagoas voltará a funcionar

Após acordo com Imasul, empresa conseguiu a licença de operação para voltar a produzir

Depois de quase nove meses desativado, o Curtume de Três Lagoas voltará a operar. Na quinta-feira passada, dia 30 de abril, em reunião realizada em Campo Grande, a empresa recebeu a licença de operação, documento que faltava para que as atividades fossem retomadas.

Conforme a química industrial do curtume, Aline Gonçalez, participaram da reunião, a assessora jurídica do Curtume, Ana Carolina Cotrin, a própria química industrial, o gerente administrativo, Claudemir Rocha, o deputado estadual Ângelo Guerreiro (PSDB) e o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (Semade), Jaime Verruck, e consultores da empresa responsável pelo estudo de impacto ambiental.

A química explicou que, agora com a licença de operação em mãos, o curtume irá planejar o retorno às atividades. O primeiro passo, segundo ela, será buscar novos clientes. Assim que fechar novos contratos, o curtume deverá dar início à contratação de pessoal.

Até novembro do ano passado, o Curtume de Três Lagoas empregava em torno de 115 trabalhadores. Com a paralisação das atividades, a mão de obra ligada à produção, cerca de 100 profissionais, foi dispensada. Somente os setores administrativo e de manutenção foram mantido. “Vamos buscar os nossos antigos funcionários. Sabemos que muitos ainda estão desempregados. A nossa prioridade é chamá-los de volta. No entanto, estamos abertos para novas contratações. Pretendemos contratar 150 funcionários”.

Aline Gonçalez explicou que os detalhes de contratações serão decididos em reunião prevista para acontecer nos próximos dias com o diretor do curtume, Nilson Vitale.

A química ambiental afirmou que o prejuízo decorrente dos dias em que o curtume ficou fechado é “incalculável” de tão significativos.

A INTERDIÇÃO

O Curtume de Três Lagoas havia sido interditado pelo Imasul em agosto do ano passado, em decorrência de uma série de irregularidades ambientais. Entre as 13 condicionantes impostas pelo Imasul na época para que a licença fosse emitida, estava a recuperação do passivo ambiental. Sobre as pendências, Aline informou somente que houve um acordo entre Imasul e Curtume e que este irá cumprir o que já estava previsto no estudo de impacto ambiental, como a instalação da estação de tratamento da lagoa de contenção e plano de monitoramento das águas.

A licença ambiental é de quatro anos, com condicionantes a serem cumpridas.