Os desembolsos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para as indústrias de Mato Grosso do Sul apresentaram um crescimento de 1.045% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, saltando de R$ 107,7 milhões para R$ 1,2 bilhão. As informações são do Posto de Informações do BNDES na Fiems – Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul -, informando que, no geral, os repasses para o Estado nos seis primeiros meses deste ano foram 307% maiores que os de janeiro e junho de 2008, aumentando de R$ 348,8 milhões para R$ 1,4 bilhão.
Segundo análise de Fábio Fonseca, agente do Posto de Informações do BNDES na Fiems, essa elevação considerável ainda é reflexo do ano passado, quando vários segmentos da indústria recorreram ao Banco para obter recursos para serem aplicados na ampliação dos seus empreendimentos. “No entanto, uma análise mais aprofundada revela que a partir deste segundo semestre o setor deve continuar registrando crescimento, mas em um percentual menor”, declarou.
Operações
Ele acrescenta que o número de operações no setor industrial também apresentou aumento, mas em um percentual de 86% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2008, saltando de 138 para 257. Com relação ao porte das empresas que obtiveram desembolsos do BNDES no Estado, os maiores valores foram para as indústrias de grande porte, com aumento de 573%, saindo de R$ 190,4 milhões para R$ 1,2 bilhão, seguidas bem de longe pelas pequenas indústrias, com crescimento de 23%, saltando de R$ 27,5 milhões para R$ 33,7 milhões.
“As micro e as médias empresas apresentaram quedas de 16% e 37%, respectivamente, diminuindo de R$ 101,2 milhões para R$ 85,4 milhões e de R$ 29,7 milhões para R$ 18,8 milhões”, detalhou Fábio Fonseca, explicando que em número de operações as empresas de pequeno porte foram as que mais recorreram ao BNDES, com crescimento de 98%, seguidas pelas de médio (68%), micro (47%) e grande portes (24%).
Modalidades
Em termos percentuais, a modalidade de financiamento que mais cresceu foi o Finem – Financiamento a Empreendimentos – com aumento de 839% e desembolso de R$ 1,2 bilhão destinados ao conjunto de projetos de investimentos para implantação, expansão da capacidade produtiva e modernização de empresas, incluída a aquisição de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, credenciados pelo BNDES, bem como a importação de maquinários novos, sem similar nacional e capital de giro. A segunda modalidade foi o Cartão BNDES com crescimento de 273% e liberação de R$ 14,5 milhões no período de janeiro a junho deste ano com relação ao mesmo período de 2008.
“O Cartão possibilita um crédito de até R$ 500 mil para as empresas dos diversos segmentos para compra de insumos, máquinas e equipamentos”, explicou Fábio Fonseca, completando que o Finame fechou o semestre com alta de 11%, aumentando de R$ 119,4 milhões para R$ 132,5 milhões, enquanto o Leasing (Financiamento de Máquinas e Equipamentos) fechou o período com queda de 28%, diminuindo de R$ 2,6 milhões para R$ 1,9 milhão, e o BNDES Automático teve queda de 27%, caindo de R$ 41,5 milhões para R$ 30,3 milhões.
