O presidente do conselho de administração do Pão de Açúcar, Abílio Diniz, disse nesta sexta-feira (4), em coletiva na qual foi anunciada a fusão das Casas Bahia, que a finalização do acordo estava prevista para o fim de semana, mas foi antecipada porque a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) questionou uma “movimentação atípica” nas ações das empresas.
"O final (das negociações) foi um pouco tumultuado, porque planejávamos fazer isso (concluir o acordo) no fim de semana", afirmou " (mas) A Bovespa inquiriu se sabíamos qual era o motivo que as ações estavam subindo. E nós tínhamos duas alternativas: ou responder e fazer um disclosure (divulgação) completo, ou apresentar a operação já feita, e foi o que nós fizemos".
Segundo a analista Kelly Trentin, da corretora SLW, o volume de negócios em ações da Globex (controladora do Ponto Frio operada pelo grupo Pão de Açúcar) teve na quarta-feira (2) movimento financeiro de R$ 71 mil. Na quinta-feira (3), dia anterior ao anúncio, o movimento foi de quase R$ 1 milhão.
Diniz relatou que estava em um vôo para a França e voltou a para concluir a fusão. O acordo foi assinado nesta sexta, às 6h30, segundo ele. Na quinta, as ações do Pão de Açúcar fecharam em R$ 56,95, com desvalorização de 0,64%. Nesta sexta-feira, operavam em alta de 8% no começo da tarde.