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Três Lagoas

Diretores da Petrobras irão avaliar estado da fábrica de fertilizantes

Visita foi motivada por convite da senadora Simone Tebet e pode definir prazo para a conclusão da obra

No dia 14 de agosto diretores da Petrobras estarão em Três Lagoas para visitar as obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN III), que estão paradas desde dezembro do ano passado. A visita foi solicitada pela senadora Simone Tebet (PMDB/MS), que formulou o convite há menos de um mês para a diretoria da Petrobras. A estatal, ao confirmar, ontem, a visita, antecipou que a obra não deve ficar paralisada por muito tempo.

Farão parte da comitiva que visitará o canteiro de obras da UFN III, o consultor do presidente da Petrobras, Armando Sérgio Prado de Toledo; o Diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais, Roberto Moro e o Gerente Executivo de Gás e Energia (Gás Química), Marcelo de Sousa Murta.

A expectativa é de que a visita dos diretores da Petrobras  proporcione uma avaliação efetiva do quanto falta para a  fábrica de fertilizantes ser concluída, uma vez que o Consórcio da UFN- III, no final de sua gestão informou que 82% do cronograma de construção estava executado. O Jornal do Povo apurou que, ontem, funcionários da Petrobras estiveram em Três Lagoas avaliando o estágio que a obra se encontra, ou seja, o que já está executado para projetar em valores o quanto falta para ser investido até conclusão da fábrica, bem como analisando as condições de conservação do empreendimento, entre outros quesitos, os quais servirão de embasamento para decisão sobre o futuro do empreendimento.

Embora a Petrobras não tenha incluído a conclusão da fábrica de fertilizantes de Três Lagoas no Plano de Negócios e Gestão para os anos de 2015 a2019, recentemente, informou ao JP,  que pretende concluir a fábrica através de uma restruturação de negócios, desde que não gere ônus financeiro para a empresa.

 A senadora Simone Tebet tem defendido no Congresso Nacional a retomada desta obra, devido à importância desta fábrica, não só para Três Lagoas e Mato Grosso do Sul, mas para o Brasil, pois diminuirá a importação de fertilizantes. Além do que, a senadora tem ressaltado que esse empreendimento proporcionará um reflexo social positivo, criando centenas de empregos diretos e indiretos, além do aumento na  geração de renda.

Inicialmente, a UFN III estava orçada em R$ 3,9 bilhões e deveria ter entrado em operação entre setembro e dezembro de 2014, posteriormente, adiaram para o primeiro semestre de 2015. No entanto, depois da paralisação das obras e do rompimento do contrato, a estatal não deu mais previsão para a conclusão da fábrica , que já consumiu investimentos na ordem de R$ 3,21 bilhões. Em dezembro do ano passado, a Petrobras rompeu o contrato com o Consórcio UFN 3, formado pelas empresas Sinopec e Galvão Engenharia, que deixou fornecedores da cidade sem pagamento pelos serviços prestados. A Galvão Engenharia é uma das empresas envolvidas na Operação Lava Jato que apura desvio bilionário nos cofres da Petrobras.