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Dólar fecha em queda de quase 1% com bom humor internacional

Moeda se desvalorizou para fechar a R$ 1,874 nesta segunda

O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (8), depois de terminar na sexta-feira (5) no maior valor em cinco meses. A moeda terminou cotada a R$ 1,874 neste pregão, em queda de 0,9%.

 

Na sexta, o dólar chegou a US$ 1,891, maior patamar desde setembro do ano passado. Na semana passada, a moeda se valorizou 0,32%.

 

No pregão desta segunda, o dólar se beneficiou do bom humor internacional. As bolsas europeias fecharam em alta com sinais de que a preocupação com a economia de alguns países europeus está se reduzindo.

 

O mercado também aproveitou a ausência de indicadores no exterior para devolver parte da valorização acumulada no fim da semana passada. A trégua  pode voltar a dar lugar à volatilidade nos próximos dias. Os mercados internacionais seguem preocupados com a situação de Grécia, Espanha e Portugal.

Influências

Na avaliação do economista da Geral Asset Management, Denílson Alencastro, o vencimento de opções sobre ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deu um alívio para o mercado cambial. "Com o vencimento de opções, houve uma entrada de investimento em bolsa, o que gerou a queda do dólar", apontou.

 

Segundo o economista, mais que os temores em relação aos efeitos da retirada dos estímulos nas economias avançadas, têm pesado sobre o movimento cambial as incertezas sobre uma retomada global sustentável.


"A grande questão do futuro é saber qual o momento certo para a retirada dos estímulos fiscais e monetários, mas esse movimento já era algo previsto. Tinha-se a expectativa de recuperação econômica neste ano, mas não vemos uma constante de crescimento", observou Alencastro.

 

Expectativas

Enquanto as definições sobre o ritmo da retomada mundial tomam forma, o mercado segue elevando a expectativa para a cotação do dólar no Brasil.

 

De acordo com o Boletim Focus divulgado hoje pelo Banco Central (BC), os agentes financeiros aumentaram de R$ 1,76 para R$ 1,80 a previsão para o câmbio ao fim de 2010. Para 2011, entretanto, as instituições mantiveram a projeção em R$ 1,85.

 

Os agentes consultados pela autoridade monetária também repetiram a estimativa para a entrada de investimento estrangeiro direto em 2010, de US$ 38 bilhões, e em 2011, de US$ 40 bilhões.