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Dólar fecha em queda e volta a valer menos de R$ 2,40

A moeda americana encerrou os negócios cotada a R$ 2,371, com queda de 1,66%

Com bolsa e commodities apontando valorização, cai a demanda por moeda americana, seja para proteção de investimentos (hedge) ou para especulação. Com isso, o dólar marcou novo pregão de baixa contra o real e voltou a valer menos de R$ 2,40.

A moeda americana encerrou os negócios cotada a R$ 2,371, com queda de 1,66%.

Para a diretora da AGK Corretora de Câmbio, Miriam Tavares, a melhora de cenário propiciada pelas notícias provenientes da China estimulou o desmanche de posições compradas (apostas contra o real).

De acordo com a especialista, esses movimentos no mercado futuro devem ser encarados com certa naturalidade, pois fazem parte da "regra do jogo".

É natural que as tesourarias e outros investidores aumentem posição comprada em momentos de maior incerteza, como na semana passada, quando uma onda de aversão ao risco puxou forte correção no preço dos ativos.

Hoje, a situação é diferente, com o apetite por risco crescendo depois que a China deu sinais de retomada. Além de rumores quanto a um novo plano de estímulo econômico, o índice de atividade industrial do país cresceu pelo terceiro mês consecutivo em fevereiro.

Segundo a diretora, o cenário de curtíssimo prazo segue de volatilidade. Mas no médio prazo (final de 2009) as perspectivas, especificamente para o Brasil, são melhores.

"Vão se somando alguns indícios de que os fundamentos brasileiros vão prevalecer. Não dá para falar em descolamento, mas pelo menos em uma resistência ao que acontece lá fora", resume.

Reforçando a percepção da especialista, o Banco Central anunciou que o fluxo cambial fechou o mês de fevereiro positivo em US$ 841 milhões. Essa é a primeira vez em quatro meses que as entradas superam as saídas.

Bovespa

A notícia de que o governo da China dafá projeta novos investimentos em infraestrutura e na sua indústria de base, o que deve elevar a demanda por aço e outras commodities, animou os mercados nesta quarta-feira.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) segue esta tendência e opera em forte alta. Por volta das 16h20, o Ibovespa subia 4,49%, aos 38.106 pontos.

Outro fator que contribuiu para o tom positivo com relação à China foi a recuperação no índice de atividade industrial, que apontou melhora pelo terceiro mês consecutivo.

Em Nova York, as bolsas sobem em torno de 2%.

Já na Europa, o desempenho positivo das mineradoras e das empresas do setor de energia resultam nos ganhos desta quarta-feira.