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Dólar fecha em queda pela 5ª vez seguida, a R$ 2,237

A moeda caiu 0,49% hoje, para R$ 2,237, tanto o dólar comercial quanto o negociado à vista na BM&F

O dólar encerrou em queda ante o real pela quinta sessão consecutiva e no menor valor desde 6 de janeiro. A moeda caiu 0,49% hoje, para R$ 2,237, tanto o dólar comercial quanto o negociado à vista na BM&F. Contudo, no mercado futuro, onde os negócios terminam às 18 horas, o contrato de dólar para março, o mais negociado, devolveu as perdas do dia e passou a subir.

"O mercado está na expectativa da aprovação do pacote de estímulo econômico pelo Senado norte-americano e aguarda o anúncio, amanhã, do plano do Tesouro de ajuda ao setor financeiro do país. Enquanto isso não se torna fato, os players (participantes do mercado) embolsaram parte dos ganhos recentes na bolsa e ajustaram posições em dólar" avaliou.


Na sessão regular, o recuo do dólar no mercado à vista ocorreu com um volume de negócios fraco, embora um pouco melhor do que na sexta-feira. O fluxo cambial tendeu ao positivo, apesar de pequeno. E pelo quarto dia útil seguido, o Banco Central não fez leilões no mercado cambial. O giro total à vista cresceu 17%, para cerca de US$ 1,517 bilhão.


Segundo a economista-chefe da Link Investimentos, Marianna Costa, além de acompanhar a desvalorização externa da divisa americana, a cotação do dólar foi pressionada por vendas principalmente de estrangeiros, que já teriam precificado a aprovação do pacote de estímulo econômico pelo Senado dos EUA e aguardam o anúncio, amanhã, do plano do Tesouro de ajuda ao setor financeiro do país. "Um fluxo cambial favorável tende a ser confirmado pelos dados externos do BC na quarta-feira", afirmou. A recuperação parcial da balança comercial, que registrou um superávit de US$ 471 milhões na primeira semana de fevereiro, já é um sinal disso e induziu algumas vendas de moeda, avaliou.


Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a balança teve um superávit de US$ 471 milhões dos dias 1º a 8 deste mês, que resultou de exportações de US$ 2,740 bilhões e importações de US$ 2,269 bilhões no período. Ainda assim, no ano, a balança acumula déficit de US$ 47 milhões. "A previsão para o médio prazo com o início do escoamento da safra agrícola de grãos a partir de março é de melhora do superávit comercial", disse um operador.


Em Nova York às 17h21 (de Brasília), o euro subia a US$ 1,3016, de US$ 1,2925 na sexta-feira.