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Dólar fecha quase estável em dia de mau humor no mercado externo

Moeda americana fechou o dia em baixa de 0,04%, a R$ 2,217

Depois de operar em alta pela maior parte desta terça-feira (7), chegando a ser cotado acima de R$ 2,23, o dólar comercial terminou um dia de mau humor nos mercados financeiros em leve queda de 0,04%, cotado a R$ 2,217, ou R$ 0,001 a menos do que na véspera.

Para analistas, o dólar se descolou do mau humor do mercado externo. "O mercado de câmbio (doméstico) já tem o equilíbrio dele. Quando aparecem momentos de incerteza, o dólar puxa (sobe) um pouco, mas esse movimento é pontual", avaliou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio.

Segundo Sidnei Moura, diretor-executivo e economista da NGO Corretora de Câmbio, a volatilidade desta sessão decorreu de uma série de ajustes em estratégias de compradores e vendedores. Analistas acreditam que no curto prazo a tendência é que o dólar se deprecie mais ainda ante o real. Em abril, a moeda norte-americana acumula queda de 4,4%.

Economia brasileira

Eles avaliaram que os fundamentos da economia brasileira contribuem para atrair capital estrangeiro. Essa visão é espelhada pelo ingresso líquido de recursos internacionais na Bovespa, que somou R$ 1,38 bilhão apenas nos primeiros dois dias de abril.

De acordo com os dados mais atualizados da BM&F, os investidores estrangeiros elevaram as posições compradas em dólar (o que, na prática, revela uma aposta na alta da moeda norte-americana).

Em 6 de abril, essas posições somavam US$ 7,07 bilhões, ante US$ 6,07 bilhões na sexta-feira. Analistas, entretanto, consideraram que esse avanço é pontual. Para Moura, "o mercado (de câmbio) à vista ainda é refém do mercado futuro", uma que vez seu volume é pequeno. Isso confirma o peso das estratégias de investidores do mercado futuro sobre as cotações à vista.