A moeda norte-americana recuou hoje ante o real, após dois dias em alta. O dólar comercial cedeu 0,96% e fechou cotado a R$ 2,176. O resultado ampliou o recuo das cotações no mês para 6,13%. Na BM&F, o dólar negociado à vista encerrou o dia valendo R$ 2,1765, em baixa de 0,93%.
O declínio hoje refletiu em parte as operações de venda de investidores locais e estrangeiros no mercado futuro de dólar, com vistas a migrar para aplicações em renda fixa, que assegura atraente diferencial de juros entre o Brasil e o exterior, e em ações na Bovespa, segundo um operador de câmbio de uma corretora. O fluxo cambial na sessão foi aparentemente equilibrado. O giro financeiro total à vista somou cerca de US$ 3,555 bilhões.
Os desestimulados foram desestimulados a carregar posições em dólar pelas firmes altas das bolsas norte-americanas pelo segundo dia seguido, em reação hoje ao balanço do banco JPMorgan no primeiro trimestre melhor do que a expectativa de analistas e dados melhores sobre os pedidos de auxílio-desemprego feitos na semana passada, explicou um profissional de tesouraria de um banco nacional.
O JPMorgan informou, hoje, lucro líquido de US$ 2,14 bilhões no primeiro trimestre de 2009, comparado a um lucro líquido de US$ 2,37 bilhões, em igual período do ano passado. Já o Departamento de Trabalho dos EUA informou que o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 53 mil na semana que terminou em 11 de abril, após ajustes sazonais, para 610 mil, informou. Trata-se da maior queda desde o final de dezembro de 2008, levando os pedidos para o menor nível desde 24 de janeiro.
