Já são mais de 300 mil empresas ativas em Mato Grosso do Sul, conforme dados da Junta Comercial do Estado. Nesse total não estão incluídas filiais e microempresas individuais. Levantamento feito nos meses de novembro do ano passado a janeiro deste ano revelou que 4.700 empresas entraram em atividade no Estado.
Além da criação de empresas regionais, Mato Grosso do Sul também tem sido um atrativo para empreendimentos já consolidados em outros estados. Um exemplo é uma indústria do ramo de confecção que veio de Santa Catarina, há 13 anos, e está localizada no núcleo industrial, na região oeste de Campo Grande. Atualmente o empreendimento reúne mais de trezentos postos de trabalho.
No primeiro ano da pandemia a empresa têxtil chegou a fechar outra filial sediada no Paraguai e, em MS, foram desligados pelo menos duzentos funcionários da linha de produção. O gerente Israel de Azevedo, explica que, agora, o momento é de retomada dos negócios. "2022 tem uma expectativa muito boa, tivemos um mês de janeiro muito parecido com o que tínhamos antes da pandemia e o mês de fevereiro está sendo muito razoável. Então, a expectativa, principalmente para o primeiro semestre desse ano, é positiva", destaca o gestor.
Ainda segundo o gerente, uma dificuldade encontrada neste momento é a de recontratar os profissionais demitidos anteriormente e a empresa precisou se readequar para garantir contratações com a qualificação necessária. "Essa necessidade de investir em treinamento de novas pessoas se teve por conta da pandemia, nessa época foram muitos desligamentos e quando nós voltamos a recontratar com a melhoria da situação, não encontramos mais esses profissionais disponíveis que, para conseguirem se manter, aceitaram outros serviços em outros setores no mercado de trabalho. Essa situação nos obrigou a investir no treinamento de novas pessoas para termos uma mão de obra qualificada", comentou Azevedo.
Atravessar a pandemia não foi uma tarefa fácil para empresários e funcionários, mas para a analista técnica do Sebrae em Mato Grosso do Sul, Vanessa Schmidt, o cenário em 2022 está positivo. "A gente percebe que empresários e consumidores estão começando a retomar esse cenário de crescimento, mesmo que a passos lentos. Vemos muitos empresários que vieram de empréstimos para conseguirem se manter, e agora de forma gradual começamos a ver um aumento nas vendas, além do consumidor que se mostra mais disposto a gastar e a utilizar mais o cartão de crédito para compras parceladas", afirma.
Mesmo assim, ainda de acordo com Vanessa, os números não são os mesmos de antes da pandemia e, por isso, o empresário precisa ter atenção para equilibrar receita e despesa. "As vendas neste ano estão aumentando mas o número ainda não atingiu o mesmo nível de 2018 e 2019. Então, o empresário começa a ter uma expectativa mais positiva, porém sabe que o momento ainda é de retomada", concluiu a especialista.
