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Três Lagoas

Eldorado Brasil apresenta pedido para construir e operar ferrovia em MS

Empresa de celulose com fábrica em Três Lagoas pretende investir R$ 890 milhões em transporte de carga

Empresa de celulose com fábrica em Três Lagoas pretende investir R$ 890 milhões para transporte de carga - Divulgação
Empresa de celulose com fábrica em Três Lagoas pretende investir R$ 890 milhões para transporte de carga - Divulgação

A empresa Eldorado Brasil Celulose pretende construir e operar nova linha férrea de 88,9 quilômetros de extensão, com investimento de R$ 890 milhões, entre Três Lagos e Aparecida do Taboado. A empresa é a autora do 24º pedido feito ao Ministério de Infraestrutura  para autorização da construção e operação de uma linha ferroviária com base no Marco Legal das Ferrovias, do programa federal Pro Trilhos.

O empreendimento será destinado ao transporte de carga estimada em 1,7 milhões de toneladas de celulose por ano, produzida na fábrica de Três Lagoas.

Segundo o Ministério de Infraestrutura, Juntos, os pedidos representam R$ 100,92 bilhões em investimentos previstos e 7.590,69 quilômetros de extensão em novos trilhos, cruzando 14 unidades da Federação. Todas as solicitações são apreciadas pela equipe da Secretaria Nacional de Transportes Terrestres (SNTT), com apoio técnico da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT).

De acordo com o Ministério de Infraestrutura, a Eldorado é a segunda empresa do ramo de celulose interessada em desenvolver segmento próprio para visualizar o transporte de sua carga por trilhos. A Bracell apresentou projetos para duas novas linhas férreas no Estado de São Paulo:  uma com 4,29 quilômetros de extensão em Lençóis Paulistas e outra, com 19,5 quilômetros, ligando, Lençóis Paulistas a Pederneiras.

Ao todo, 13 investidores privados respondem pelas solicitações apresentadas à União até o momento, interessados em entrar no setor de transporte ferroviário ou ampliar sua atuação no segmento graças ao programa federal Pro Trilhos. Lançada em setembro, a iniciativa visa ampliar a malha ferroviária nacional liberando sua exploração ao capital privado também pelo modelo de autorização, de forma mais célere e com menos burocracia, como já ocorre na exploração de infraestrutura em setores como telecomunicações, energia elétrica, portuário e aeroportuário.

Do total de proponentes, três já operam ferrovias pelo regime de concessão – VLI, Rumo e Ferroeste. São estreantes, além da Eldorado e da Bracell, Petrocity, Grão Pará Multimodal, Planalto Piauí Participações, Fazenda Campo Grande, Macro Desenvolvimento Ltda, Morro do Pilar Minerais S.A., Iron Brazil Railway e Minerva, que são originalmente vinculados a Terminais de Uso Privado (TUPs) ou aos próprios originadores de carga.

Após a aprovação pelo Senado Federal, o projeto do Marco Legal das Ferrovias, agora será analisado pela Câmara dos Deputados. Caso aprovado sem mudanças pelos deputados, a tramitação se conclui e o projeto segue para sanção do presidente da República.