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Empresa garante que ferrovia não será desativada em Mato Grosso do Sul

Desde o mês passado mais de 100 trabalhadores já foram demitidos pela

A Rumo/ALL confirmou ao governo do Estado que a malha Novoeste, continuará em operação em Mato Grosso do Sul. O presidente da empresa, Júlio Fontana, informou ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB), durante reunião realizada ontem, em São Paulo, que houve apenas uma redução no transporte de carga de produtos perigosos no fluxo entre Paulínia (SP) e Campo Grande.

Segundo Júlio Fontana, o transporte de combustíveis foi suspenso porque a ferrovia  não oferece condições mínimas de segurança acarretando riscos à comunidade lindeira aos seus trilhos e ao meio ambiente. Ressaltou, que não houve qualquer alteração nos fluxos da região de Corumbá e Três Lagoas até Santos.  Entretanto, o Sindicato dos Ferroviários informa  que desde o mês passado os trens deixaram de circular no trecho compreendido de Três Lagoas a Corumbá e que  mais de 100 trabalhadores já foram demitidos pela empresa em Mato Grosso do Sul, sendo que doze são de Três Lagoas.

Durante a reunião de ontem, o governador e o presidente da empresa firmaram um pacto pelo desenvolvimento da rede ferroviária., quando ficou definido que será formado um grupo de trabalho interdisciplinar para elaborar um plano de viabilidade para o desenvolvimento do modal ferroviário que atenda as demandas do Mato Grosso do Sul. O acordo tem como objetivo avaliar as melhores alternativas sociais e econômicas para a manutenção e possível ampliação da rede ferroviária que atende o Estado.

Entre as alternativas que serão avaliadas para Mato Grosso do Sul, está à construção de um novo ramal da Ferronorte, em bitola larga, no trecho entre Aparecida do Taboado e Três Lagoas e se conectando a esse ramal, serão feitos estudos visando estabelecer a viabilidade econômica ou não de mudança na linha férrea da Novoeste no trecho entre  Três Lagoas e Campo Grande de bitola métrica para bitola larga. A substituição desses trilhos possibilitará o transporte de trens de 120 vagões de maneira mais eficiente e produtiva no corredor Campo Grande – Porto de Santos, segundo a empresa.

O governador, no entanto, disse que uma nova reunião com o presidente da Rumo/ALL irá acontecer no dia 22 deste mês com os integrantes da bancada federal sul-mato-grossense, quando será apresentado para deputados e senadores o pacto firmado durante a reunião de ontem, que contou também com a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Jaime Verruck.

Além do governo estadual e da empresa, serão convidados para participar desse grupo de trabalho integrantes dos órgãos reguladores do transporte ferroviário, dos órgãos ambientais e os grupos econômicos com demanda potencial ferroviária no Estado. O grupo interdisciplinar terá 60 dias para apresentar um plano de logística para Mato Grosso do Sul, atendendo as demandas de curto a longo prazo. “O Governo do Estado vai liderar uma força-tarefa entre setores da iniciativa privada para otimizar investimentos no Mato Grosso do Sul. Vamos trabalhar duro para realizar a vocação do Estado de ser um importante polo de logístico do país”, disse Azambuja.

O presidente da Rumo/ALL destacou como importante a reunião de ontem, e disse que houve um avanço na direção de um cenário positivo e promissor para o Estado do Mato Grosso do Sul. “Vamos estudar todas as possibilidades para aumentar o volume de carga ferroviária na região, desenvolvendo as potencialidades do Estado. Mas, sempre atuando com segurança para os trabalhadores e para as comunidades, que é a marca da nossa gestão desde a fusão entre as duas empresas em abril deste ano”, disse o presidente da Rumo/ALL, o qual não comentou sobre as demissões dos funcionários e nem quanto pretende investir na ferrovia.