Veículos de Comunicação

Estrada Da Morte

Engenheiro do Dnit diz que multivia seria opção para a BR-262

Diante da quantidade de acidentes registrados entre Três Lagoas e Campo Grande, duplicação da rodovia tem sido uma das grandes reivindicações

Diante da quantidade de acidentes registrados entre Três Lagoas e Campo Grande, duplicação da rodovia tem sido uma das grandes reivindicações. - Divulgação
Diante da quantidade de acidentes registrados entre Três Lagoas e Campo Grande, duplicação da rodovia tem sido uma das grandes reivindicações. - Divulgação

Diante da quantidade de acidentes registrados na Br-262, no trecho que liga Três Lagoas a Campo Grande, a duplicação da rodovia tem sido uma das grandes reivindicações das pessoas que trafegam pela via. 

Vários acidentes com mortes têm sido registrados na rodovia. Somente nos últimos sete dias, cinco pessoas perderam a vida na BR-262. A maioria dos acidentes foi por colisões. Para alguns motoristas, se a rodovia fosse duplicada, muitos acidentes seriam evitados.

O engenheiro do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) de Três Lagoas, Milton Rocha Marinho, ressalta que a pista nesse trecho de Três lagoas a Campo Grande, está em boas condições, por isso alguns motoristas acabam excedendo no limite de velocidade e desrespeitando a sinalização.  

Em relação a duplicação, Marinho diz que o custo tem valor elevado e, o mais viável, na opinião dele, neste momento, seria a construção de multivia, assim como aconteceu no trecho de Três Lagoas até a fábrica de celulose da Suzano, o que também está sendo projetado para a BR-158, no trecho até a unidade da Eldorado Brasil.

Segundo Marinho, do ponto de vista técnico, esse trecho da BR-262, admite o tráfego existente. Para ele, é preciso medidas políticas do governo para a construção de terceiras faixas. “As pessoas falam que a rodovia tem muito carro, mas isso acontece quando eles passam em comboio. Os veículos pesados em determinado ponto da rodovia segura, retém o tráfego, formando fila, parecendo um excesso de veículos quando a fila anda, mas em outros trechos, a gente percebe que a estrada fica ‘limpa’”, disse Marinho.

Os gargalos existem, segundo o engenheiro do Dnit, são por falta de terceiras faixas. Foram construídos 35 quilômetros de terceiras faixas de Três Lagoas a Água Clara, mas devido a quantidade de veículos pesados e treminhões, conforme Marinho, existe a necessidade da construção de mais seis quilômetros de terceiras faixas para a rodovia ter melhores condições de tráfego.

O engenheiro do Dnit infoama que para a duplicação de uma rodovia é necessário um fluxo de quase 7 mil veículos diários. Atualmente, a BR-262 tem um fluxo de aproximadamente 4,2 mil veículos/ dia. Diante da quantidade de veículos pesados, Marinho diz que, com cerca de 5 mil veículos por dia, pode haver a duplicação, ou a construção de multivia, que é construção de quatro pistas sem a separação física. “Essas quatro pistas é como se tivesse uma terceira faixa ao longo de toda a via. Isso é muito bom e cabe no bolso dos governos, porque não sé uma duplicação, que é a construção de uma outra rodovia, que é muito caro e apresenta muitos problemas de desapropriações e uma série de interferências”, justificou Marinho.

A construção da multivia, conforme o engenheiro, apresenta mais viabilidade econômica para a concessão da rodovia, pois a empresa não teria tantos investimentos para fazer. Ele citou como exemplo a BR-163,pelo fato da empresa querer devolver a concessão por falta de viabilidade econômica, já que a rodovia tem um fluxo de 10 mil veículos por dia