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Famílias cumprem ordem judicial, mas invadem outra área na Vila Piloto

Alegando falta de condições para pagar aluguel, famílias constroem novos barracos

Vinte pessoas de cinco famílias, despejadas de terreno da prefeitura na Vila Piloto, desocuparam a área, mas invadiram outro terreno, próximo ao local em que estavam e já construíram barracos, dizendo que não têm para onde ir por falta de condições financeiras para pagar aluguel.

Conforme divulgado pelo Jornal do Povo, a juíza de Direito, Aline Beatriz de Oliveira Lacerda, determinou a desocupação e reintegração de posse de uma da área da prefeitura invadida por estas famílias na Vila Piloto. Na decisão, que data de 22 de junho, a magistrada deferiu a liminar para a reintegração de posse em favor do município e concedeu um prazo de 15 dias, contados a partir da publicação da concessão da liminar para que fosse feita a desocupação mansa e pacífica do imóvel.

As famílias cumpriram a decisão, mas invadiram outro  terreno da municipalidade  próximo ao local onde se encontravam. De acordo com o líder destas famílias, Carlos Alberto dos Reis Junior, foi feito cadastro no Departamento de Habitação, mas até hoje não foram contemplados com uma unidade habitacional. Carlos disse que dois sorteios para definirem as famílias que serão contempladas com apartamentos do Residencial Orestinho foram realizados, mas nenhuma delas tiveram os nomes sorteados.

Segundo Carlos,  essas famílias preenchem os requisitos do Programa Minha Casa, Minha Vida do governo federal, mas não foram contempladas.  E, por isso, defende a realização de uma reforma urbana em Três Lagoas para resolver esse problema do déficit habitacional, utilizando os espaços vazios do município. “Não acho que o correto seja tomar os terrenos das pessoas, mas é preciso ser analisado o porquê existem 25 mil terrenos baldios em Três Lagoas. O município com mais de 100 mil habitantes, não pode ter tanta área sem função social”, ponderou.

Carlos disse que esse terreno que foi invadido também pertence à prefeitura. “Nós ficamos sabendo que tinha sido doado para a UFMS, mas já fizemos um levantamento e me parece que, a doação ainda não foi concretizada em cartório”, comentou.  Ainda segundo Carlos, a intenção do movimento é apenas de que essas famílias sejam contempladas com uma moradia.