Cinquenta unidades habitacionais foram entregues no município, na manhã desta segunda-feira, 20. Em sua maioria composta por famílias que moravam em favelas próximas a uma área de risco onde há um rio, o recebimento das casas chegou a ser definido por seus novos moradores como “grande sonho do mundo” e o “melhor acontecimento da minha vida”.
A casa de 41,65 m² resgatou a dignidade de Fábia Batista, funcionária do município e que há 10 anos, morando na beira do rio numa casa de pau e chão batido, aguardava sua vez de realizar o sonho da casa própria. Fábia tem quatro filhos e sofreu muito para criá-los sozinha com o pequeno salário que recebe. “Todo mundo sonha em ter um lugar digno e seguro para morar e hoje finalmente chegou a minha vez”.
Margarida Barbosa, que veio de uma aldeia indígena, viveu oito anos na área de risco com seis filhos, os quais ela teve que contar no dedo para saber o número exato. Ela é cega do olho esquerdo e não trabalha. “Eu precisava muito dessa casa, para mim nunca houve a menor possibilidade de ter uma casa como essa, foi o melhor acontecimento da minha vida”, comemorou.
Já Neuza Vaz, casada, mãe de duas crianças, teve uma oportunidade um pouco diferente. Morou quatro anos na favela e depois o marido começou a pagar o aluguel de um lugar razoável. “Ele ganha mais ou menos 700 reais por mês, nosso aluguel era de 550 reais, estamos muito felizes e realizados”.
O sonho da casa própria é uma das grandes realizações do brasileiro, que atualmente conta com programas de habitação popular como das casas entregues hoje, o ‘Minha Casa Minha Vida’. A troca do aluguel ou da moradia precária por uma escritura e a posse de um imóvel já passou a ser vista em larga escala no Brasil e em Mato Grosso do Sul não tem sido diferente. A casa própria não é mais um sonho que se sonha só, famílias, Estado, município e Governo Federal tem sido parceiros nessa realização.
