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FIA investiga acidente de Piquet em Cingapura 2008

Segundo comentarista da Rede Globo, batida teria sido premeditada

A Fórmula 1 se vê diante de mais um escândalo. No último domingo (30), o comentarista da TV Globo, Reginaldo Leme, revelou que a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) contratou uma empresa independente para investigar o acidente de Nelsinho Piquet no GP de Cingapura em 2008, que acabou sendo decisivo para a vitória de Fernando Alonso.

Flavio Briatore, chefe da Renault, teria mandado o brasileiro bater de propósito na 16ª volta. A estratégia de Alonso era considerada ousada e precisaria da entrada, mais uma vez, do carro de segurança para ter sucesso. Coincidentemente, Nelsinho bateu em um local que obrigaria o procedimento acontecer.

A FIA confirmou, em Spa-Francorchamps, a investigação. Durante toda a sua trajetória na F-1, Briatore conviveu com polêmicas. Se as acusações forem confirmadas, o dirigente pode até ser banido do esporte por manipular o resultado de uma corrida. Não é a primeira vez em que o dirigente corre risco de punições na F-1.

Em 1991, ele demitiu Roberto Pupo Moreno da Benetton e colocou o então novato Michael Schumacher no lugar, durante a temporada. O veterano brasileiro sequer foi avisado da decisão da equipe. Três anos depois, uma série de denúncias contra a Benetton manchou o primeiro título de Schumacher na F-1.

A categoria reestreava o reabastecimento, que viria a ser decisivo na estratégia das equipes. Briatore mandou tirar o filtro dos carros, o que acelerava o processo, mas o tornava inseguro. A falcatrua foi descoberta após o incêndio no carro de Jos Verstappen no GP da Alemanha.

No mesmo ano, a Benetton foi acusada de usar dispositivos eletrônicos proibidos disfarçados no carro. Schumacher, ao conquistar o campeonato jogou o carro sobre Damon Hill, da Williams, no GP da Austrália, última corrida do ano.

No fim da temporada de 94, Briatore comprou a francesa Ligier para adquirir o direito de uso dos motores Renault, os melhores da época. O regulamento da FIA não permitia que ele fosse o dono da equipe e ele repassou o time a Tom Walkinshaw, dono da TWR.

Os propulsores acabaram nos carros da Benetton. Em 2007, o time francês foi acusado de espionagem contra a McLaren. Segundo a FIA, a Renault tinha dados dos modelos de 2006 e 2007 dos rivais. A equipe foi considerada culpada, mas não foi punida. Neste ano, Briatore protagonizou a polêmica com Nelsinho Piquet.

Insatisfeito com o desempenho do piloto, o dirigente chegou a ameaçar demiti-lo pouco antes da largada das corridas. Após o GP da Hungria, ele foi desligado do time e acusou o empresário de ser seu carrasco.