A partir deste domingo, 1º de fevereiro, começa a vigorar o decreto que altera as alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Confins) sobre a gasolina e o óleo diesel. O aumento dos dois tributos foi publicado pelo governo federal, no Diário Oficial da União de quinta-feira. O reajuste, conforme já antecipado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, corresponderá a R$ 0,22 por litro da gasolina e R$ 0,15 por litro do diesel nas refinarias. O objetivo do governo federal é obter R$ 12,2 bilhões com o pacote de aumento de tributos anunciado na semana passada.
A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina e o óleo diesel, até então estava zerada, será reativada no dia 1º de maio.
De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniências de Mato Grosso do Sul (Sinpetro/MS), a expectativa é que esse reajuste nos impostos seja repassado, na íntegra, para o consumidor. Com isso, o preço médio da gasolina praticado nos postos da cidade saltaria de R$ 3,13 para R$ 3,35 o litro. O preço médio é baseado nos dados na pesquisa semanal da Agência Nacional do Petróleo (ANP), divulgada e acessada ontem. A pesquisa apontou o aumento de R$ 0,01 no preço médio em uma semana.
Já o preço médio, obtido entre o posto com o preço mais em conta e o mais caro, do óleo diesel saltaria de R$ 2,79 para R$ 2,94 o litro na bomba. O litro do combustível apresentou queda de preço nas últimas duas semanas.
Entretanto, para postos de combustíveis de Três Lagoas ainda é cedo para falar no valor do reajuste na bomba. Duas gerentes ouvidas pelo Jornal do Povo informaram, porém, que antes mesmo de vigorar o decreto do governo federal, houve aumento no preço das distribuidoras. Em um dos casos, o aumento foi de R$ 0,05 o litro, desses R$ 0,02 tiveram que ser repassados ao cliente. Em outro, o reajuste foi de R$ 0,03 na hora de comprar dos fornecedores e não foi necessário repassar ao cliente.
“Estamos aguardando começar a vigorar o aumento para, assim, descobrirmos o quanto será repassado para a bomba. Existe essa prévia, de R$ 0,22, mas ainda não foi nos repassado oficialmente de quanto será o aumento pelas distribuidoras”, disse Graciene Garcia, gerente administrativa de um posto de combustíveis da cidade.
De acordo com ela, também é cedo para prever se haverá migração da gasolina para o etanol. Hoje, a maioria das pessoas ainda prefere a gasolina. A cada dez abastecimentos, dois são de etanol.
Na mesma situação está a gerente de outro posto, Marcela Congro Leal. De acordo com ela, enquanto não houver o repasse desse aumento por parte das distribuidoras não há como prever o preço na bomba. “Também estamos aguardando o repasse por parte do distribuidor para fazermos os cálculos. A tendência inicial é que se tenha uma queda nas vendas após um aumento, mas depois voltam ao normal”.
