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Gustavo Loyola avalia a PEC da Transição

Tema abriu a palestra do economista em evento promovido pelo Grupo RCN, em noite de casa cheia

Gustavo Loyola durante palestra em Grande nesta terça-feira (6) - Celso Magalhães/CBN CG
Gustavo Loyola durante palestra em Grande nesta terça-feira (6) - Celso Magalhães/CBN CG

No dia em que a PEC da Transição do governo federal, que permite o furo no teto de gastos do governo federal, é aprovada na CCJ do Senado, o ex-presidente do presidente do Banco Central do Brasil, Gustavo Loyola, encerra o ciclo de palestras do Grupo RCN em 2022, em Campo Grande com uma visão ampla sobre o futuro econômico do país.

Ao chegar ao Aliançados Arena, espaço do evento, o economista comentou a proposta do futuro governo do PT. “É um exagero essa PEC. Ao meu ver é um sinal de irresponsabilidade fiscal. E ela deve ser mitigada no Congresso”, avaliou Loyola.

No início da palestra, o economista da Tendências Consultoria Integrada disse acreditar em reformas tímidas no governo de Lula  nesse primeiro momento e que as políticas de concessão deverão continuar no país. Loyola defendeu o aumento de juros que vem ocorrendo no país como ferramenta eficaz para combater a inflação.

Sobre Mato Grosso do Sul, Loyola acredita que o PIB regional vai continuar crescendo acima do índice nacional, estimado em 0,9%. O setor agropecuário será um dos destaques para 2023, assim como o de serviços, o que para o economista é uma boa notícia para a renda das famílias. Já o setor industrial terá um recuo na produção brasileira, pressionado pelas taxas de juros e a ausência de uma reforma fiscal.

"O Banco Central não terá tanto espaço aí para fazer essa redução dos juros e o Copom deve manter a taxa em alta nos próximos meses", avaliou.