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Campo Grande

Índice do comércio tem aumento pelo sexto mês consecutivo

Índices positivos do mercado de trabalho no Estado, somado à liberação de crédito, e promoção de vendas, impactam o setor do varejo

Até janeiro, padrão é que comerciantes façam mais vendas - Foto de energepic.com
Até janeiro, padrão é que comerciantes façam mais vendas - Foto de energepic.com

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) campo-grandenses no mês de novembro ficou em quase 110 pontos. No mês de outubro, a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apontou a intenção em 108 pontos.

As pesquisas apontam uma constante crescente desde junho. Nesta quinta-feira, no Jornal CBN CG, foi apresentado os resultados do mercado de trabalho estadual. Os índices positivos do mercado de trabalho têm mantido Mato Grosso do Sul entre os cinco estados com melhores resultados e essa empregabilidade impacta o trabalho dos comerciantes e as vendas neste mês.

O crescimento é observado tanto entre famílias com renda de até 10 salários mínimos quanto entre aquelas que detém maior poder aquisitivo. De acordo com a economista do Instituto de Pesquisa da Fecomércio-MS (IPF-MS), Regiane Dedé de Oliveira, a retomada de crédito tem aumentado a capacidade de compra.

"A retomada ao consumo acaba movimentando o comércio como um todo, e essa perspectiva positiva do consumidor sinalizar a intenção de comprar, se dá por conta da perspectiva profissional e também dessa retomada ao crédito. Quando o consumidor renegocia as suas dívidas, ele acaba tendo um efeito positivo também, porque ele libera o crédito e pode voltar às compras. Só tem que ter uma alerta em relação a se programar quando a compra é a prazo para que ele consiga colocar a parcela dentro do orçamento familiar", afirma a especialista.

Para os comerciantes, um dos motivos de crescimento do consumo neste mês é a Black Friday (24), mas, de acordo com vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), Omar Aukar, o evento americano, que no Brasil dura o mês inteiro, atrapalha o varejo nas vendas do natal. 

"Ao longo de 6 anos vem se construindo essa onda de Black Friday no mês de novembro. O lado bom é que todo mundo que tem o produto em estoque, que está com dificuldade de giro, ,faz essa Black Friday e acaba vendendo, colocando um preço muito competitivo, muitas vezes abaixo do custo. O lado que não é tão bom é que o comerciante espera 12 meses do ano para chegar ao mês de dezembro, para ele poder faturar um pouco mais e quando iniciar janeiro ele tem um monte de imposto para pagar. A Black Friday tem prejudicado de maneira significativa o resultado do mês de dezembro", explica.

Em outubro, o ICF de Campo Grande já havia atingido o melhor nível desde a pandemia. Em novembro, os indicadores que apresentaram maior crescimento são os referentes à avaliação do momento para consumo de bens duráveis (+5,2%), nível de renda atual (+2,9%) e de consumo atual (+2,4%).

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