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Juros bancários caem ao nível mais baixo desde 1994

No crédito pessoal, houve uma redução de 0,6% dos juros em agosto, para 42% ao ano

O custo médio das operações de crédito para as pessoas físicas caiu de 40,5% para 39,9% em agosto, o menor valor desde o início da série histórica do Banco Central, iniciada em julho de 1994.

Para o chefe-adjunto do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, a redução da taxa para as famílias está favorecendo a expansão do crédito. Com isso, o BC alterou a previsão do crescimento na oferta de empréstimo neste ano, de 20% para 22%.

.- Dentro das modalidades que determinam a taxa de juros mais baixa, há uma expansão no crédito consignado [com desconto na folha de pagamento] e no crédito para veículos. A participação deles determina esse comportamento do juro menor.

No crédito pessoal, houve uma redução de 0,6% dos juros em agosto, para 42% ao ano  A mesma queda foi verificada nas taxas para aquisição de veículos, que chegou a 23,4% ao ano em agosto. A redução foi ainda maior no cheque especial, que caiu 1,7% e marcou 165,6% ao ano.

Com juros menores e maior oferta de dinheiro, a taxa de inadimplência, para os pagamentos em atraso por mais de 90 dias, caiu de 6,3% em julho para 6,2% em agosto. O nível é o mais baixo desde julho de 2005.

Diante dos recordes e da previsão de manutenção da atividade econômica, o BC revisou a previsão de crescimento do crédito para 2010. O volume total emprestado deve ter um crescimento de 22% até o final do ano, ante previsão anterior de 20%. Os recursos livres, que são os empréstimos nos quais o consumidor pode investir o dinheiro onde quiser, devem crescer 18%, ante os 17% anteriores.

O destaque, segundo o BC, fica para os recursos direcionados, onde entram os empréstimos para aquisição de veículos e para o financiamento da casa própria. Eles deverão crescer 30% em 2010, contra previsão anterior de 26%.