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Mato Grosso do Sul bate recorde histórico em exportações

As vendas em 2010 já são de U$1,1 bilhão, 62% acima do mesmo período do ano passado

As exportações de produtos industrializados do Mato Grosso do Sul bateram recordes históricos no mês de julho deste ano, somando U$ 202,6 milhões; aumento de 54,3%, comparado com igual período de 2009, que registrou o total de U$ 131,3 milhões. Este resultado é a segunda maior receita mensal alcançada pelo Estado; a primeira foi obtida em junho passado com o total de U$ 211,3 milhões.

Na comparação com os primeiros sete meses de 2010, o saldo é mais animador ainda, registrando a soma de U$ 1,1 bilhão, aumento de 62%, contra o mesmo período do ano anterior, que totalizou US$ 659 milhões. Os dados foram divulgados ontem pelo Radar Industrial da Federação das Indústrias do Estado do Matogrosso do Sul (Fiems).

Quanto ao volume de exportação de industrializados no mês de julho passado, o MS alcançou o equivalente a 604 mil toneladas, indicando crescimento de 48%, sobre julho do ano anterior; quando as vendas externas somaram 408 mil toneladas. Já no acumulado do ano, o volume total alcança 3,74 milhões de toneladas, crescimento de 90,6% em relação à igual período de 2009; cujas vendas totalizaram 1,96 milhão de toneladas. O Radar da Fiems é medido com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Desempenho
Entre os grupos de produtos industrializados mais exportados, dez mostraram crescimento de receita nos primeiros sete meses do ano, contra o mesmo período de 2009. No caso do “Papel e celulose,” destaque especial para a celulose (incorporada à pauta de industrializados no fim do primeiro quadrimestre do ano passado) que registrou sozinha até o momento, uma receita de exportação equivalente a US$ 180,3 milhões, ou seja, 93% da receita total do grupo. Outro importante produto em evidência deste segmento é o papel fibra, cujas exportações no período alcançaram US$ 11,7 milhões, representando 6% do total.

Já no grupo “Extrativo Mineral – Minerais Metálicos” o valor alcançado, no ano, equivale a US$ 163,8 milhões. Este resultado é decorrente da retomada das exportações de minérios de ferro bruto; que vem se fortalecendo nos últimos meses, tanto que somente em julho as vendas do produto foram da ordem de US$ 30 milhões.

Nos sete primeiro meses do ano, o minério de ferro bruto faturou US$ 150,6 milhões em exportações, 92% da receita total do grupo – quase três vezes acima do mesmo período de 2009.

Carnes
O grupo Carnes e Miudezas/Cortes, Peças e Carcaças – Complexo Frigorífico obteve aumento de 37%. Em valores, o ganho adicional foi da ordem de US$ 86,2 milhões. Estes produtos apresentaram desempenho crescente sustentado; sobretudo pela elevação ocorrida nas vendas de carnes desossadas e congeladas de bovinos, e pedaços e miudezas congeladas de galos e galinhas. Se computado em separado, carnes renderam crescimento de 35% e miudezas 26%.

No segmento Açúcar e Álcool, a receita com exportações acumulada até agora é de US$ 111,3 milhões, indicando crescimento de 84%, comparado com os sete primeiros meses do ano passado. Em volume, na mesma comparação, a variação foi de 40%, aumento superior a 81 mil toneladas. Em relação aos compradores, os principais, até o momento, são a Rússia com US$ 29,2 milhões ou 26,3%, Índia com US$ 23,8 milhões ou 21,4%, Malásia US$ 8,9 milhões ou 8,0% e Uruguai com US$ 8,3 milhões ou 7,4%.

O único segmento a apresentar redução nas exportações foi o de Siderurgia, Metalurgia básica e Metal Mecânica, Cimentos e Fiação, Têxtil, Confecção e Vestuário. A queda mais elevada ficou para Metalurgia (59%), seguida de Textil (6,4%) e Cimento (4,1%).