Mato Grosso do Sul continua sendo um dos Estados que mais gera empregos no País. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o balanço do mês de junho aponta 1.937 novos postos de trabalhos formais criados para a população sul-mato-grossense. O número representa um acréscimo de 0,51% em relação ao mês de maio, quando a quantidade de empregos gerados foi de 1.312.
O setor de serviços é o destaque entre os que mais contrataram mão-de-obra formal em junho – foram 762 postos criados. Em segundo lugar vem o setor da indústria de transformação, com um saldo de 675 contratações. A lista prossegue com os setores de comércio (464), agroindústria (230) e atividade extrativa mineral, com dez novos postos criados. O setor que apresentou maior queda no saldo de novos contratados foi o da construção civil, que obteve um déficit de 138 vagas.
Somente no primeiro semestre de 2009, Mato Grosso do Sul acumulou um saldo de 12.813 postos de trabalho criados, um crescimento de 3,45% – índice inferior apenas aos atingidos pelos estados de Rondônia e Goiás. “Em termos relativos, os números mostram que o Estado está com um maior ritmo de contratações”, avalia o coordenador do Observatório do Trabalho, Conrado Pires de Castro, da Fundação Estadual do Trabalho (Funtrab).
Desagregando os dados de cada setor, as estatísticas apontam o comércio varejista como a atividade econômica que mais contratou em junho, apresentando um saldo de 463 novos postos. A administração de imóveis e corretagens vem logo a seguir, com 256 contratações. O setor da indústria de transformação aparece na lista com as atividades de produção de alimentos e bebidas, com 214 novos postos e a indústria têxtil, com 210. Os serviços de educação também acusam um crescimento de 133 novos postos, seguidos pelos serviços médicos e odontológicos com 132 contratações. Os serviços de mecânica apresentaram um número de 115 postos de trabalho criados.
“É importante observar que no mês de junho o setor extrativo mineral apresentou uma tímida recuperação, com dez contratações. Tímida porém importante, é a primeira vez em sete meses que o setor contrata novos funcionários e apresenta um saldo de contratações superior ao número de demissões”, salienta Conrado.
Resultado acumulado
Os números dos primeiros seis meses mostram que a indústria de transformação já contratou 5.305 novos empregados. Dentro do setor da indústria de transformação, temos que a indústria de alimentos e bebidas, sozinha, responde por um saldo de 5.116 empregos registrados acumulado no ano.
Outros ramos de atividade industrial que tem se destacado nestes 5 primeiros meses de 2009 são: a indústria de transportes e comunicação, com 795 empregos gerados, e a indústria têxtil com 525. Um segundo segmento que acusa elevado saldo de postos de trabalho é a agropecuária, que registrou um saldo de 4.212 postos de trabalho formais de janeiro a junho deste ano.
Destaque também para um bom desempenho das atividades de ensino (1.122), os serviços médicos e odontológicos (887) e alojamento e alimentação, que agregou mais 753 postos de trabalho formais no estoque de empregos do setor de serviços.
