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Três Lagoas

Na hora de contratar, empresas de TL esbarram na falta de qualificação

Grande rotatividade de funcionários é apontado como ponto negativo

A falta de qualificação dos candidatos em busca de uma colocação no mercado de trabalho em Três Lagoas, é apontado como uma das maiores dificuldades que os responsáveis pelos departamentos de Recursos Humanos (RH) das empresas encontram.

De acordo com Rafaela Potsch Ribeiro, que é sócia de uma lavanderia da cidade, muitos candidatos chegam pelo Centro Integrado de Atendimento ao Trabalhador (Ciat), empresas particulares que terceirizam mão de obra ou em alguns casos há quem vá até a recepção e deixa o currículo. “Já percebemos que as pessoas não tem vontade aprender. Na lavanderia precisamos de mão de obra específica. Outro ponto negativo é a rotatividade entre os funcionários, ou seja, ocupam a vaga mas logo desistem”, explicou Rafaela, que atualmente emprega 18 funcionários.

A falta de qualificação e a rotatividade entre os colaboradores também foi apontada como as maiores dificuldades na hora de contratar, pela analista de RH de uma empresa de viação, Natália Delgado.

Segundo a analista, dentre as vagas específicas, o maior empecilho está na hora de buscar técnicos em refrigeração e mecânico, por exemplo.

Natália também apontou o entra e sai dos funcionários nas vagas. “Os jovens são os que menos tempo permanecem na vaga, em média três ou quatro meses, tanto que, na hora de contratar, levamos em consideração o tempo de permanência que o candidato permaneceu nas empresas anteriores”, avaliou.

FUNTRAB

Durante o ano de 2014, a Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) encaminhou 8.679 candidatos para o mercado de trabalho, sendo que destes, 817 ocuparam a vaga.

Para cada uma vaga a Funtrab encaminha três candidatos por vez, mas, se a vaga não for preenchida, outros três são encaminhados, e assim por diante, até que a empresa encontre alguém que possa ocupar a função, o que justifica a grande diferença entre candidatos encaminhados e colocados na vaga.

Já a gerente do Ciat, Fátima Montanha, disse que depende muito do que o empregador pede. “As vezes ele pede para mandar um, dois ou mais candidatos para uma única vaga”, explicou.

Sobre a área que mais emprega em Três Lagoas, Fátima afirma que, apesar da situação delicada do momento, com a demissão de um grande número de trabalhadores da área, a construção civil ainda é a que mais emprega, diante das vagas disponibilizadas pelo Ciat, seguida pelo atendimento no comércio. “É importante deixar claro que esse dado está ligado, exclusivamente, ao Ciat, ou seja, as vagas disponibilizadas no órgão. Não sei se em empresas particulares ou outros meios de contratação a realidade é a mesma