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Obras da fábrica de fertilizantes em Três Lagoas completam sete meses paradas

Sem previsão de retomada da construção, peças avaliadas em R$ 16 milhões

As obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN III) da Petrobras, em Três Lagoas, estão há quase sete meses paradas e sem previsão de serem retomadas. Enquanto isso, equipamentos caríssimos vindos da China para serem instalados na fábrica estão abandonado correndo o risco de se deteriorar no relento e causar danos ao meio ambiente.

Uma balsa que transportará até Três Lagoas equipamentos e peças gigantes da Petrobras que deverão ser instalados na UFN III continua ancorada há seis meses no rio Paraná, em Porto Epitácio. O equipamento importado da China custou para a Petrobras R$ 16 milhões. Um dos equipamentos é o absorvedor de CO2, que tem 52,1 metros de comprimento e pesa 493 tonelada, enquanto, que o menor, um vaso de separação de gás mede 6,95 metros de cumprimento e pesa 148 toneladas, porém um pouco mais largo do que o primeiro. O abandono dessas peças e a paralisação das obras da UFN III, foi destaque no Jornal Nacional, da TV Globo no último sábado.

Esses equipamentos que estão parados em Porto Epitácio, fazem parte de um lote de 13 peças fabricadas na China, que desde 2013 estão sendo transportadas em etapas para Três Lagoas por balsa pelo rio Paraná. Além do prejuízo econômico, a preocupação é possíveis danos ambientais que podem ser causados com o rompimento destes equipamentos, que podem desprender gases. Para o ambientalista Djalma Weffort, existe a preocupação com a possibilidade de explosão e vazamento de produtos que estão armazenados no interior dessas peças. “Essa possibilidade, representa danos não só para as pessoas envolvidas no transporte, como também para a nossa fauna, nossa vegetação e a qualidade da nossa água”, destaca o ambientalista. A Petrobras alega que todos os cuidados estão sendo tomados para evitar danos. E que está tomando providências para dar prosseguimento ao transporte das peças.

FÁBRICA

Recentemente a Petrobras contratou a empresa SGS para fazer a segurança nas obras da fábrica de fertilizantes, que estão paradas desde dezembro de 2014, quando a estatal reincidiu o contrato com o Consórcio UFN 3, formado pela chinesa Sinopec e Galvão Engenharia, investigada pela Operação Lava Jato da Polícia Federal. A empresa Chicago também foi contratada para fazer a manutenção no formo. Mais de 80% da fábrica de fertilizantes nitrogenados, que utilizará o gás boliviano estão concluídas.

A UFN III tem como objetivo aumentar a oferta no mercado nacional e reduzir a dependência de importação de ureia e amônia, utilizados na composição de fertilizantes entre outros minerais.