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Pai de vítima de estupro pede ajuda para tratar filho com HPV

Pai do menino diz que está tendo que pagar consultas e exames particulares; Prefeitura de Três Lagoas nega

A família de um menino de 2 anos e meio, vítima de estupro pelo padrasto e que contraiu o Papiloma Vírus Humano (HPV), busca ajuda financeira entre moradores de Três Lagoas para custear o tratamento. O pai do menino falou, ontem, pela primeira vez sobre o caso, em entrevista, ao vivo, à reportagem do TVC Agora – Canal 13.

Ele revelou que uma rifa foi organizada para pagar R$ 400 de uma consulta particular, realizada anteontem em Araçatuba (SP), já que em Campo Grande não haveria especialista da área. A criança foi levada lá três vezes desde que o caso foi descoberto, em junho deste ano.

Hoje, o menino precisa fazer um exame, também em Araçatuba, que custa R$ 1,5 mil, além dos gastos com transporte.

O pai disse que até hoje a criança não recebeu um tratamento específico e que o caso chegou ao Conselho Tutelar de Três Lagoas por meio da Clínica da Criança, que diagnosticou o HPV. Em nota, a prefeitura da cidade afirma que a criança recebe tratamento psicológico no Creas (Centro de Referência Especializada de Assistência Social) e a família conta com acompanhamento social no Fórum.

Quem puder ajudar entre em contao com a Laura, por meio do telefone (67) 9270-0566.

Na mesma nota, a assessoria de imprensa afirma que o menino “passou por atendimento com um infectologista, fez exames clínicos, passou por consultas com proctologista infantil em Campo Grande”. Diz também que o menor foi encaminhado à equipe de DST/Aids e a uma consulta médica no Centro Especializado de Doenças Infectoparasitárias, em Campo Grande. Porém, a família preferiu seguir para Araçatuba.

O conselheiro Davis Martinelli afirma que orientou a família a mover uma ação judicial de ressarcimento contra o município. “A [Secretaria de] Saúde foi notificada pelo conselho para, em um prazo de cinco dias, arcar com todos os custos do atendimento e do tratamento do menino. O prazo vence hoje (ontem)”, disse Davis.

O CASO

O padrasto, de 32 anos, que vive com a mãe do menino, de 27, não teve prisão preventiva decretada por ter emprego e endereço fixos, nenhuma passagem pela polícia e, segundo a Polícia Civil, não oferecer risco à investigação.

Além dos exames comprovarem o estupro, o menino aponta o padrasto como autor do crime.

Desde a denúncia, o juiz concedeu a guarda provisória ao pai, que mora em uma fazenda a 220 quilômetros de Três Lagoas.