O superavit primário do setor público chegou a R$ 51,531 bilhões de janeiro a outubro, resultado que corresponde a 2,06% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. No mesmo período de 2008, o valor era bem maior: R$ 128,203 bilhões, o equivalente a 5,33% do PIB.
O resultado menor, diz nota do BC, reflete a “queda na arrecadação acumulada no ano, determinada, sobretudo, pelo efeito da crise financeira internacional sobre o nível de atividade”.
Em 12 meses, o superavit primário caiu para R$ 29,748 bilhões, o que corresponde a 1% do PIB. O resultado primário é a diferença entre as receitas e as despesas e é uma forma de reserva que o governo faz honrar seus compromissos financeiros, como o pagamento de juros da dívida pública.
A meta do governo é fechar 2009 com superavit primário de 2,5% do Produto Interno Bruto, mas há a possibilidade de se abaterem os gastos com o Programa de Aceleração do Investimento (PAC) e o Projeto Piloto de Investimentos (PPI) desse percentual. Assim, a meta fica em 1,56% do PIB.
Os gastos com juros chegaram a R$ 14,824 bilhões, em outubro, contra R$ 9,230 bilhões registrados no mesmo mês de 2008. Nos dez meses do ano, o pagamento de juros soma R$ 139,797 bilhões, ante os R$ 135,774 bilhões referentes ao mesmo período de 2008.
Ao serem incluídos os gastos com juros, tem-se o resultado nominal. Em outubro, o deficit nominal foi de R$ 1,006 bilhão, contra R$ 9,502 bilhões de superavit nominal registrados no mesmo mês de 2008. De janeiro a outubro de 2009, foi registrado deficit nominal de R$ 88,266 bilhões, resultado maior do que os R$ 7,571 bilhões observados no mesmo período do ano passado.
