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Parcela da dívida pública corrigida pela Selic diminui pelo segundo mês

A proporção dos títulos prefixados, que têm os juros definidos com antecedência, aumentou para 32,67%, contra 31,26% no mês anterior

 A parcela da dívida pública vinculada à Selic caiu pelo segundo mês seguido. Segundo números divulgados há pouco pelo Tesouro Nacional, o percentual da dívida mobiliária (em títulos) interna atrelado aos juros básicos caiu de 38,92% em agosto para 36,9% em setembro.

A proporção dos títulos prefixados, que têm os juros definidos com antecedência, aumentou para 32,67%, contra 31,26% no mês anterior. A parcela vinculada à inflação, no entanto, aumentou passando de 27,83% para 28,47%. Já a participação dos títulos vinculados ao câmbio caiu de 0,78% para 0,74%, sem alteração significativa.

Para o Tesouro Nacional, a maior parcela de títulos prefixados facilita a administração da dívida pública porque permite ao governo saber, com antecedência, quanto pagará na hora de resgatar os títulos.

A menor participação dos papéis corrigidos pela Selic, no entanto, reduz os riscos da administração da dívida pública. A estratégia, no entanto, não permite que o Tesouro continue a se beneficiar da queda da Selic, que caiu de 13,75%, no início do ano, para os atuais 8,75%.

O prazo médio da dívida pública ficou praticamente estável, passando de 3,54 anos em agosto para 3,55 anos em setembro. Esse é o período que o governo leva para renovar completamente a dívida de mais de R$ 1,4 trilhão. No começo do ano, o Tesouro deixou de divulgar o prazo pelo parâmetro mensal e passou a usar o parâmetro anual.

Prazo mais longos são desejáveis porque indicam melhoria da confiança dos investidores na capacidade do governo de administrar a dívida. Os vencimentos da Dívida Pública Federal (DPF) nos próximos 12 meses apresentaram redução e passaram de 27,48%, em agosto, para 27,2% no mês passado.

Por meio dos títulos públicos, o Tesouro Nacional pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar os compromissos de curto prazo. Em troca, o governo compromete-se a devolver os recursos, acrescidos de juros, que podem seguir a taxa Selic, a inflação, o câmbio ou serem prefixados (definidos com antecedência).