Veículos de Comunicação

4

Petrobras refaz cronograma de obra da UFN III

Obras da fábrica de fertilizantes estão paralisadas desde o final do ano passado

A Petrobras informou ao Jornal do Povo que já está refazendo o cronograma do projeto para a retomada da obra da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN III), em Três Lagoas. As obras foram paralisadas em dezembro do ano passado, após a estatal romper o contrato com o Consórcio UFN 3, formado pelas empresas Galvão Engenharia e Sinopec Petroleum do Brasil.

Após o rompimento do contrato, e devido ao tempo em que a obra está parada, a Petrobras teve que fazer um levantamento para verificar o que resta ser feito e o valor para a conclusão da obra. Por esse motivo, a estatal teve que refazer o cronograma do projeto. A Petrobras garante que a conclusão da fábrica de fertilizantes ocorrerá no menor prazo possível. Na próxima segunda-feira, inclusive, lideranças políticas do Estado vão ao Rio de Janeiro, onde se reunirão com os diretores da Petrobras para cobrar um posicionamento em relação à dívida do Consórcio UFN 3 com os fornecedores, bem como um cronograma para a conclusão das obras.

A fábrica de fertilizantes deveria começar a operar em 30 de setembro de 2014, sendo que o valor inicial do contrato foi de R$ 3,1 bilhões, acrescido de mais R$ 100 milhões ao longo da execução do projeto, depois de receber 21 aditivos. O valor inicial da obra era de R$ 3,1 bilhões, que somados ao valor original do contrato eleva-o para R$ 3.212.349.121,14.

Em dezembro de 2014, a estatal rescindiu o contrato por falta de conclusão da obra pelo Consórcio, que demitiu, um mês antes, cerca de 3.200 trabalhadores, sem fazer o pagamento das verbas rescisórias.  Consequentemente, a Petrobras teve bens no valor de R$ 49 milhões bloqueados para garantir o pagamento dos créditos trabalhistas.

De acordo com a Petrobras, a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados, em construção no Município de Três Lagoas, tem como objetivo aumentar a oferta de ureia e reduzir a necessidade de importação desse produto. A UFN-III atenderá, aproximadamente, 25% do mercado nacional de ureia que, em 2013, era, em sua grande maioria, 72%, atendido por meio de importação.  Além disso, a companhia ressalta que uma obra desta envergadura tem relevante impacto social na comunidade em que se insere, empregando mão-de-obra em abundância e movimentando a economia local.

O comércio de Três Lagoas, inclusive, tem sentido o impacto da paralisação desta obra no município. Além de não contar com os trabalhadores que gastavam no comércio, a economia foi afetada pelo não pagamento dos créditos aos fornecedores que acabaram interrompendo suas atividades em razão da dívida não paga pelas empresas contratadas pela Petrobras.