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Preço da gasolina pode virar alvo de CPI na Assembleia Legislativa

Diferença entre preços praticados em Três Lagoas desperta investigação

A partir de hoje, o litro de gasolina e de diesel ficam mais caros. Em algumas cidades do país, os combustíveis tiveram reajuste  ontem, após a Petrobras autorizar aumento de 6% no preço da gasolina e 4% no litro do diesel nas refinarias. 

Segundo o empresário Nilton Antônio Pires Junior, dono de posto em Três Lagoas, os novos valores nas bombas devem ser conhecidos hoje, quando comerciantes do setor pagarem mais caro pelos produtos. A previsão é que o reajuste no preço da gasolina fique acima de R$ 0,20 por litro.

De acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, realizado no período de 20 a 26 de setembro, o preço médio da gasolina em Três Lagoas era de R$ 3,45. O valor máximo do litro era de R$ 3,49 e o mínimo, de R$ 3,25. Já na capital Campo Grande, nesse mesmo período, o preço médio por litro era de  R$ 3,12, o máximo, 3,29 e o mínimo, R$ 2,94.

Em razão disso, o deputado estadual José Carlos Barbosa (PSB), presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da  Assembleia Legislativa, defendeu, nesta semana, a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a diferença nos valores de combustíveis praticados por postos no Estado.

De acordo com o deputado, existe um fato determinado para que seja instaurada uma CPI. “Os injustos preços em proporção, além da diferença na distribuição que aumenta em cada município. Como exemplo, o etanol, que sai a R$ 1,35 da usina; os preços dos combustíveis no interior e em Campo Grande, que também variam. Isso mostra claro abuso de poder econômico”, argumentou Barbosa.

Segundo informações da Secretaria Estadual de Fazenda, existe uma variação de R$ 0,25 a R$ 0,67 nos preços da gasolina no Estado, além de alta margem de lucro por parte das distribuidoras. “Entre o que a distribuidora paga na refinaria e o que cobra dos postos, verifica-se lucro de até 48%, enquanto há postos com a margem de lucro de 21%. A disparidade é grande. Então se a distribuidora cobra mais, a tendência é que em todos os postos haja o incremento”, disse o secretário estadual adjunto de Fazenda, Jader Julianelli.