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Preço de remédio tem diferença de quase 1.000% em drogarias

Farmácias de SP vendem mesmo remédio por preços que vão de R$ 0,92 a R$ 10

Os preços dos medicamentos na cidade de São Paulo podem variar até quase 1.000%. Uma pesquisa da Fundação Procon-SP divulgada nesta segunda-feira (16) mostrou que a diferença do custo dos medicamentos bateu um recorde.

O mesmo remédio pode sair por preços que podem ser dez vezes maiores em diferentes drogarias da cidade. É o caso do anti-inflamatório e analgésico Diclofenaco Sódico, 50 mg, com 20 comprimidos. Em um local, a caixa do comprimido genérico saiu por R$ 0,92. Em outro, o medicamento custou R$ 10.

Entre os remédios de marca, a maior diferença de preço encontrada no medicamento Amoxil (Amoxicilina), da Glaxosmithkline, 500 mg, com 21 cápsulas. O antibiótico, usado para tratar infecções como amigdalite, bronquite, faringite e outros, teve preços de R$ 20,86 a R$ 49. A diferença é de 134,90%.

O Procon realizou pesquisa comparativa de preços de medicamentos entre os dias 13 e 15 de abril em 15 drogarias distribuídas pelas cinco regiões do município de São Paulo. Foram pesquisados 52 medicamentos entre genéricos e de referência.

Das 15 farmácias pesquisadas, o estabelecimento Farma Conde (região sul da cidade) foi o que apresentou a maior quantidade de produtos com menor preço (37 produtos dos 52 encontrados).

Na comparação de preços, os genéricos são, em média, 57,25% mais baratos do que os de referência. O ponto comum entre um genérico e um remédio de marca é o princípio ativo: o elemento ou efeito que define para quê serve aquele remédio.

– Por serem produzidos por diversos laboratórios, os medicamentos genéricos são, em geral, mais baratos. Mas é bom lembrar que um genérico de um mesmo laboratório também pode apresentar preços diferentes entre as farmácias. Logo, é essencial a pesquisa de preços sempre aliada à recomendação e prescrição médica.

Estudo da Pró Genéricos mostrou que desde que foram criados, em 2001, os genéricos promoveram uma economia R$ 18 bilhões aos consumidores.
Segundo o Procon, as farmácias pesquisadas com os preços mais em conta ficam na zona sul e no centro. Isso porque a pesquisa considera, entre os itens encontrados nas prateleiras, aqueles que têm preços iguais ou menores do que a média da pesquisa.

Na Farma Conde, todos os 52 itens foram encontrados e estavam iguais ou mais baratos do que a média da cidade. Ainda na zona sul, a drogaria Extra tinha 47 itens e todos esses estavam na média ou com preço abaixo da média. Na drogaria Wal Mart 15 itens de 20 encontrados estavam abaixo da média.