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Preço do barril do petróleo deve passar de R$ 170 com crise no Egito

Nesta semana, o barril chegou a ser cotado a R$ 170,93 (US$ 100,55) no mercado de futuros de Londres

O preço do barril de petróleo deve ser mantido acima de R$ 170 (US$ 100), com tendência à elevação, por causa do receio do mercado de que o canal de Suez seja fechado devido à crise no Egito, afirmam os especialistas. O canal é importante para o abastecimento do produto no Oriente médio.

Nesta semana, o barril chegou a ser cotado a R$ 170,93 (US$ 100,55) no mercado de futuros de Londres (bolsa onde são negociados contratos de petróleo para o futuro), depois de ter superado, pela primeira vez desde outubro de 2008, a barreira dos R$ 170.

O aumento da cotação do barril do petróleo, se permanecer por um longo período, pode elevar o custo das indústrias que dependem do produto e de seus derivados, causando impacto na inflação, ou seja, nos preços ao consumidor.

Na Bolsa dos EUA os operadores estão relutantes em estender a alta nos preços, provocada pelo receio de uma interrupção dos transportes no Egito, antes da divulgação do relatório do Departamento de Energia dos EUA, que deverá dar mais evidências de que o mercado está bem abastecido.

.Segundo analistas, os estoques de petróleo nos EUA devem ter aumentado em 2,6 milhões de barris na semana passada.
Apesar de não ser um dos maiores produtores de petróleo no mundo, o Egito é o país que controla o Canal de Suez, por onde passam todos os dias cerca de 1 milhão de barris, saindo do Golfo Pérsico para o Mediterrâneo.

Segundo o analista Ong Yi Ling, da Phillip Futures, em Cingapura, a alta de preços deve ser lenta, pois os especuladores não querem inviabilizar a recuperação da economia global.

Nesta quarta-feira (2), o Egito vive um dia de caos e violência no nono dia de protestos contra o governo do presidente Hosni Mubarak. Líderes da oposição acusaram o governo de usar policiais à paisana para agredir os milhares de manifestantes que pedem o fim do regime, que já dura três décadas.

A praça Tahrir, centro dos protestos no Cairo, foi palco de uma pancadaria nesta quarta-feira, quando partidários de Mubarak e opositores entraram em confronto.