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Inflação

Preço do tomate dispara e está maior que o kg do frango

A fruta pode ser encontrada a R$ 14 em alguns supermercados de Três Lagoas.

Falta de chuvas influenciaram a alta do preço - Arquivo/ JPNews
Falta de chuvas influenciaram a alta do preço - Arquivo/ JPNews

Depois da gasolina e do óleo diesel, agora o vilão da vez é o tomate. A fruta, tradicional na mesa do brasileiro, tem assustado o consumidor três-lagoense. Em alguns supermercados pode ser encontrado a R$ 14 o quilo, um valor comparado ao quilo a carne de frango e suína. 

Anteriormente, o tomate era facilmente encontrado a uma média de R$ 5. De acordo com o setor varejista, o produto vem ficando mais caro há pelo menos 15 dias. Ainda conforme o mercado, pequenos reajustes, estão contribuindo para o valor da fruta ficar cada vez mais cara. Por exemplo, o valor saltou de R$ 4,50 para R$ 8 em menos de um mês.  

O culpado, segundo os produtores, é o clima. O primeiro fator que influenciou essa alta foi a falta de chuvas, durante a semeadura. Em contrapartida, posteriormente, o excesso estiagem também prejudicou a plantação. Segundo o economista e professor, Marçal Rogério Rizzo, o cenário pode piorar ainda mais devido à inflação.“Hoje nós vivemos esse cenário de elevação dos preços. Algo que não ocorria desde a implementação do plano Real. Esse processo é influenciado pelo aumento da demanda, alta do dólar, elevação dos combustíveis e queda na produção. Todo esse critério pode influenciar no aumento do preço de um determinado produto. Porém, o grande vilão é a alta do dólar, pois é ele que influencia os valores dos combustíveis, pois, o grande responsável pelo transporte de cargas no Brasil”, explicou. 

A fruta, que está quase sendo considerada um artigo de luxo, está em falta na casa da consumidora, Flávia Gomes Brandão. Ela afirmou que nos últimos dias o preço não para de subir e, por esse motivo, a alternativa é não comprar. “Eu acho difícil substituir o tomate, porém eu tento algumas alternativas. Intercalar com legumes, ou outro produto saudável quanto o tomate, mas está difícil”, lamentou. 

No entanto, outros alimentos, como a batata inglesa e a cenoura, que poderiam ser essas alternativas, também sofreram altas. Para o autônomo, Viriato Ferreira, os especialistas dizem que esses aumentos, não só do tomate, sempre tem um fator de explicação. “Alguns dizem que é a chuva, outros a guerra e o dólar. Porém, quem não consegue explicar é o nosso bolso, que sempre é afetado”, considerou.